terça-feira, 21 de março de 2017


Com Todo Gás

 

                            Por ser um estado territorialmente pequeno (45.597 km2 em relação aos 8.514.205 km2 do Brasil são somente 0,54 % ou 1/200 da área do país; em relação às terras emersas do mundo - 1/3 de 510 milhões de km2 da superfície do planeta são 170 milhões de km2, que constituem 20 vezes a área brasileira - 1/20 de 1/200, 1/4000, uma insignificância relativa), tendo pelos meus cálculos cerca de 1/1600 do PIB mundial, o ES pouco poderia pretender em termos de expressão, mas como já escrevi várias vezes, a situação do ES é boa. As análises mostram isso.

                            Como se sabe a quantidade de gás presente no solo é sempre maior que a de petróleo (numa relação que desconheço) mesmo quando medida em Toneladas Equivalentes de Petróleo, TEP, tudo em metros cúbicos. E já descobriram, até as reservas anunciadas agora, 2,8 bilhões de barris, quase tudo no mar, perto do Rio de Janeiro, de onde o gás poderia ser canalizado para nossas maiores cidades do Sul, especialmente Cachoeiro de Itapemirim, desde a Bacia de Campos, gasodutos saindo daquela cidade do norte do estado vizinho, ou de Presidente Kennedy, nosso município mais ao sul. A distância não seria mais que 100 km.

                            Igualmente ao Norte, a partir dos campos de gás de Linhares, desta vez em terra, seria possível atingir a Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana, Fundão e Guarapari), Nova Venécia e Colatina – pois São Mateus têm suas próprias reservas – com menos de 150 km de dutos em cada direção.

                            Há desvantagens em ser pequeno, evidentemente, mas há grandes vantagens também, como a agilidade e a alta governabilidade, especialmente se concentrarmos quantidades relativamente grandes de dinheiro em área pequena com população inicial pequena (o próprio crescimento populacional posterior é favorável, porque leva a demanda imobiliárias tremendas, com grande valorização das terras, e a grandes demandas de produtos e serviços, que fazem disparar a socioeconomia por décadas a fio).

                            Então, o ES está do com o gás, tanto no sentido metafórico quanto real, e pode se aproveitar disso para um gênero de crescimento nunca visto antes.

                            Vitória, sábado, 04 de outubro de 2003.

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