A Desarmonia do Mundo
Não é inveja nem picuinha do livro de Marcelo
Gleiser (A Harmonia do Mundo, que
desejo ler, pois é biografia romanceada de Kepler), é apenas para firmar a
des-harmonia da existência, daquilo que existe, digamos a desarmonia da Terra,
que não vem de i (ELI, Elea, Ele/Ela, Natureza/Deus) não-finito e sim de nossas
opções no finito, particularmente na racionalidade, tudo que conduz ao
desacerto, pois o racional não pode alcançar – até por definição – a totalidade
e ao agir na parcialidade age errado.
Não é apenas erro, é a enfadonha
persistência, o desejo escabroso de fazer errado, de seguir os passos do
desonesto e do censurável, produzindo o lado execrável ou abjeto da existência,
diante da essência cujo acesso poderia se dar a nós. Desarmonia = DOENÇA =
TUMOR = TIRANIA = TREMOR = DOMÍNIO na Rede Cognata. Como é que isso veio a
dominar-nos?
Qual é a trilha do sado-masoquismo, de
Tanatos, de tudo que é ruim, mas é na Curva do Sino reclamação de metade? Como
essa metade acha útil optar pelo desarmônico? Que constituição é essa que
insistindo nas sombras atrai-nos pelo chamado “mau caminho”?
Ver como alguns venceram a obscuridade do
desconhecimento é importantíssimo, mas é fundamental estudar como pendemos à
doença, ao desarmônico.
Vitória, sábado, 14 de julho de 2007.
A DESARMONIA DO MUNDO (chegou ao ponto de
afirmar a necessidade da desarmonia)
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O
MUNDO DA HARMONIA
CIÊNCIA
A Harmonia do
mundo
Ele está em jornais, nos livros, no cinema e
agora na TV. Ao traduzir as maiores
questões do cosmo de um modo que todos entendem, o físico Marcelo Gleiser se transformou em um cientista pop
Eliane Brum
O passo de Kepler nos colocou mais perto da
compreensão do cosmo.
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Domingo,
Agosto 27, 2006
Em
palestra recente para divulgar seu livro Harmonia do Mundo (Cia. das Letras,
327p.), Marcelo Gleiser esclareceu porque decidiu escrever romance biográfico
sobre Johannes Kepler. Segundo ele, outros gênios da história da ciência não
foram tão psicologicamente complexos quando Kepler.
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