segunda-feira, 25 de setembro de 2017


Lei e Guerra

 

                            Às vezes demora muito fazer uma tradução na Rede Cognata, embora ela seja direta, pois LEI = T = EQUILÍBRIO = DOR e tantas outras e GUERRA = G = ORÁCULO = CRIAR e muitas mais. De fato, são anticognatos, isto é, T = 0/G, G = 0/T e T # G (anticognato). Mais largamente LEI # GUERRA – são opostos/complementares.

                            Isso já teria um significado bem grande.

                            Acontece que vimos no modelo que o passado é história (= MORTO), elites, tempo e paz, ao passo que o futuro é geografia, povo, espaço e guerra. Podemos também raciocinar, com base nessas novidades, que onde não há lei há guerra e com isso listar os países todos onde há guerra para ver onde falta lei (essa Guerra é geral, incluindo o morticínio, por exemplo, o do Rio de Janeiro e do Espírito Santo). Desse jeito, a Lei geral é uma classe de contenção, uma espécie de paredão que contém o mal: no caso dela não ser bastante forte (nos dois sentidos: 1. Resolutiva, que resolve; 2. Forte mesmo, resistente, segura, dura e inviolável por todos e cada um) vaza mesmo para o futuro e tudo degringola, tudo rui, tudo cai, despedaça. E o povo pode então disputar o futuro com as elites. Assim, as elites só garantem firmemente sua presença no futuro se evitarem as guerras e promoverem a paz, o que vem de leis boas que sejam mantidas PARA TODOS, especialmente para os das elites, no capitalismo as elites burguesas, mais as nobres (os que continuam na Idade Média) e as patrícias (pois existem escravistas no mundo inteiro).

                            Se as leis forem invalidadas é possível ao povo promover novas guerras para tentar pegar o poder; se não há distribuição de rendas e dos projetos de futuro o povo pode se revoltar e tomar o poder, quando as elites são apeadas dele à força e com largo morticínio. Nada mais justo que tomar o poder de conduzir o futuro às elites fracas e dissolutas, inventando novas elites e novos projetos mais adequados ao povo.

                            Vitória, quinta-feira, 12 de maio de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário