sexta-feira, 25 de agosto de 2017


Um Deserto Vizinho

 

MUITAS FUTURAS LAGOONAS NESSA REGIÃO (já houve e vai voltar a haver, como em toda parte)


QUE LUGAR É ESSE?


OLHANDO MAIS DE PERTO (aqui nascerá um deserto)


NEM PARECE (mas será)


A área mais verde no mapa e tudo que é plano em volta da Baía da Guanabara já foi mar. A boca da Baía será fechada.

EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA SIRI [porque não há água do mar; aí já vira área de caranguejos, pois será formado um pântano imenso, na seqüência do texto do Livro 106, O Futuro do Amazonas e o Lagoão que se Formará em Marajó, que copiarei aqui: REPETINDO O PROCESSO: 1. Braço de mar (como na Baía de Guanabara, em que há uma boca estreita que será progressivamente fechada); 2. A água salgada permanecerá dentro enquanto a água doce não a substituir – o que depende de quantos rios alimentadores há, do fluxo ou velocidade da água, das chuvas, da profundidade do assoalho do antigo braço de mar e de outros fatores; 3. Quando tudo for água doce estará formado o Lagoão; 4. Depois será constituído o pantanal; 5. Que secará até serem centenas as lagoas; 6. Reduzidas depois a poucas (em Linhares, ES, sobraram 69, um número muito equilibrado e muito gostoso); 7. Elas sumirão, restando o solo plano; 8. Nele a floresta exuberante; 9. Finalmente um deserto].


QUANDO FOR DESERTO, OS CARIOCAS TERÃO MUDADO (para o Paraíso, porque são sortudos). Será fechado bem aqui...


AQUI SERÁ O LAGOÃO (depois tampado com terra, naquela seqüência, finalmente bem lá para frente tornando-se floresta luxuriante e depois deserto)


Ou seja, de todos os planos geográficos - cada qual representando um presente - quase todos nós vemos apenas o nosso, exclusivamente. Se cada plano for feito de mil em mil anos contados como um segundo em cinco segundos (cinco mil anos) o Lagoão em Linhares teria sido cheio de terra; em outros cinco segundos a floresta luxuriante teria ocupado tudo e em mais cinco tudo viraria deserto. Quer dizer, o ritmo é tão alucinante que em apenas quinze mil anos sai de lagoona e vira deserto. Não é humano, não tem nada a ver conosco. As intensidades não são geo-históricas, são outras.

Vitória, sábado, 08 de janeiro de 2005.

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