domingo, 20 de agosto de 2017


Para a Construção dos Esportes

 

                            Visando aplicar aquele modelo de programa do futebol (que serve para os esportes todos, mudando o que deve ser mudado) para 308 alunos (dos quais, já sabemos, metade se perderia; mesmo essa metade pode ser usada para propagar, sendo também vendida) durante dois anos de teoria (corpo e mente) e mais três de prática dentro dos campos. Começando aos 15 + 2 = 17, + 3 = 25, + 15 até os 35 anos para aproveitamento máximo, depois servindo como técnicos, comentaristas, rádios-difusores, editores, sócios em revistas e um milhar de aplicações. Pode render bilhões, pois desde o começo os alunos seriam fotografados para venda de imagem direta, de bonecos, participação em propagandas. Metade da renda deles seria aplicada em seu nome, metade seria guardada. Da metade usada, metade iria parar a família restrita e ampla (de modo a que não haja pobretões associados que se dediquem a escândalos).

                            Para tal precisamos de 297/11 (no futebol) = 27 times, 13 dos quais iriam constituir os times principais e 14 os secundários. Assim, 27 em três turnos, seriam necessários nove campos de futebol, com ginásios anexos funcionando em três turnos, com salas de aula (as aulas do ensino oficial seriam pagas até a faculdade), com piscinas, com restaurantes, com estacionamentos, com fisioterapia e tudo mais. Custaria muito, mas renderiam 10 vezes ou mais. Tudo isso por pelo menos dois anos, fora os três jogando no profissional em que teriam de demonstrar o valor, derrotando cabalmente os demais times. Advogados, administradores dos ganhos, conselheiros psicológicos, contadores, economistas, médicos, dentistas todo tipo de auxílio – todos com participação acionária no projeto. Desenho de roupas, ensinar aonde ir, o que falar, preparação geral.

                            Ao fim desses cinco anos, espero, o horizonte mundial do futebol estaria completamente dominado (e o mesmo poderia ser feito para os esportes em geral). Seria preciso criar um JORNAL DE Internet, tanto para visitação pelos atletas e parentes com senhas (não as mesmas, nem no mesmo grau de potência), como pelos jornalistas, pelos dirigentes dos outros times, pelos governos, pelas empresas, pelo povo em geral.

                            Se, dentro do modelo, um projeto desses pudesse ser implantado teríamos subjugado todas as modalidades ao fim de 20 anos. Não se trata de hegemonia ou ditadura esportista, pelo contrário, é para instalar a liberdade num nível muito mais alto, oferecendo realmente beleza ao povelite. Verdadeira vibração.
                            Vitória, sexta-feira, 10 de dezembro de 2004.

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