O Mundo Avançadantigo
do Rio de Janeiro
DE UM SÍTIO DE Internet
Durante
quase dois séculos e meio, de 1716 a 1960, a cidade do Rio do Janeiro foi a capital da Colônia, do
Império e da República do Brasil. Como uma prima donna, reinou na
política, na economia, na cultura e como centro financeiro e social do país.
Com a transferência da capital para Brasília, em 1960, o Rio perdeu seu status político, mas
não o charme e nem o título de "cidade maravilhosa". Manteve
intacta sua vocação de centro cultural e turístico e continua sendo a principal
porta de entrada dos estrangeiros que vêm ao país (negrito meu).
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Assim, nesses 244
anos o Rio de Janeiro acostumou-se com a mordomia, com ter de graça uma fração
grande do que era produzido no Brasil, indo tudo para lá como num funil
financiar os nababos que viviam o paraíso na Terra. Foi sábio (e uma grande
vitória política geo-história que salvou o Brasil do passado) Juscelino
Kubitschek transferir a capital, pois o superaproveitamento em Brasília teve de
ser reinventado desde 1960 (lá para frente, mudem de novo).
JUSCELINO
DEVE SER REPENSADO
(ele aproveitou a lenda do padre profeta que disse que tinha visto uma capital
no interior do Brasil; e, de passagem, colocou-a mais perto de Belo Horizonte)
Kubitschek, Juscelino (1902-1976),
presidente do Brasil (1956-1961), cujo nome completo é Juscelino Kubitschek
de Oliveira, nasceu em Diamantina, Minas Gerais, e morreu em um acidente de
automóvel, na via Dutra, perto da cidade de Resende, no estado do Rio de
Janeiro. Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation.
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HORIZONTE
QUE FICOU MAIS BELO PERTO DE BRASÍLIA (e
enriqueceu muito mais depressa). São 600 km de BH a Brasília em linha reta,
curva no Globo; até o Rio são 300 km, mas agora o RJ deve PASSAR por BH para
chegar a Brasília. Brasília se tornou feudo dos mineiros.
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Com tão antiga (para as Américas)
urbanização, o Rio tornou-se sofisticado terceiro-mundista, quer dizer,
suburbano metido a besta; seus intelectuais de 2005 ainda posam como se estivessem
em 1955, 50 anos passados, durante aquela fase de ouro que identifiquei e durou
de 1945 a 1968, os 23 anos mais livres da geo-história do planeta. Estão sempre
se comportando como se estivessem dando preciosas lições a todos os brasileiros
e até ao resto do mundo.
De
toda parte do Brasil os brasileiros que vão para lá, inclusive os capixabas, se
comportam como “superiores”, elevados, altos, com aquele “ar blasé” (no Houaiss
digital: adjetivo 1 que exprime
completa indiferença pela novidade, pelo que deve comover, chocar etc. Ex.:
<ar b.> <atitude b.> adjetivo e substantivo masculino 2 que
ou aquele que está embotado pelo excesso de estímulos sensoriais, afetivos,
intelectuais etc.) ou de prazeres, e que se tornou insensível ou indiferente a
eles 3 que ou aquele que tem ou demonstra apatia ou desinteresse em
relação a tudo, por sentir ou crer ter esgotado todas as possibilidades de
experiências ou sensações 4 Derivação:
por extensão de sentido. Que ou aquele que se mostra entediado (sinceramente
ou por afetação) (com relação a coisas pelas quais a maioria das pessoas
demonstra interesse) dos
afetados.
O Rio
de Janeiro se tornou uma ELEGANTE ruína municipal/urbana e estadual. Deixando
de ser para a nação um empecilho e um peso, acabou sendo uma carga e um estorvo
para si mesmo. Não parece destroço, mas é. Vive do passado e nada tem produzido
de novo, meramente acoplando-se às novidades, seguindo-as sem produzir qualquer
revolução ou contestação. Vive das glórias do passado.
São
avançados para tudo que é antigo e ainda estão fazendo filmes do Cinema Novo,
ainda estão vivendo a deliciosa Bossa Nova (mas não a de agora e sim a de 40
anos atrás, da década dos 1960, já que os cariocas vivem neste 2005 um ano 40
anos mais antigo que este).
Quando
os demais brasileiros estão (justamente pela ausência da gargantilha deles, que
nos apertava a garganta e não nos deixava falar) se renovando, eles permanecem
atados aos sucessos de antigamente. Todos estão indo para a década dos 2010,
menos os cariocas, que estão passando à década dos 1970.
Isso é
bem triste, porque nós amamos aquele povo que tanto deu ao Brasil e ao mundo.
Vitória, sábado, 08
de janeiro de 2005.
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