quinta-feira, 24 de agosto de 2017


O Mundo Avançadantigo do Rio de Janeiro

 

                            DE UM SÍTIO DE Internet

Durante quase dois séculos e meio, de 1716 a 1960, a cidade do Rio do Janeiro foi a capital da Colônia, do Império e da República do Brasil. Como uma prima donna, reinou na política, na economia, na cultura e como centro financeiro e social do país. Com a transferência da capital para Brasília, em 1960, o Rio perdeu seu status político, mas não o charme e nem o título de "cidade maravilhosa". Manteve intacta sua vocação de centro cultural e turístico e continua sendo a principal porta de entrada dos estrangeiros que vêm ao país (negrito meu).

                            Assim, nesses 244 anos o Rio de Janeiro acostumou-se com a mordomia, com ter de graça uma fração grande do que era produzido no Brasil, indo tudo para lá como num funil financiar os nababos que viviam o paraíso na Terra. Foi sábio (e uma grande vitória política geo-história que salvou o Brasil do passado) Juscelino Kubitschek transferir a capital, pois o superaproveitamento em Brasília teve de ser reinventado desde 1960 (lá para frente, mudem de novo).

JUSCELINO DEVE SER REPENSADO (ele aproveitou a lenda do padre profeta que disse que tinha visto uma capital no interior do Brasil; e, de passagem, colocou-a mais perto de Belo Horizonte)

Kubitschek, Juscelino (1902-1976), presidente do Brasil (1956-1961), cujo nome completo é Juscelino Kubitschek de Oliveira, nasceu em Diamantina, Minas Gerais, e morreu em um acidente de automóvel, na via Dutra, perto da cidade de Resende, no estado do Rio de Janeiro. Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

HORIZONTE QUE FICOU MAIS BELO PERTO DE BRASÍLIA         (e enriqueceu muito mais depressa). São 600 km de BH a Brasília em linha reta, curva no Globo; até o Rio são 300 km, mas agora o RJ deve PASSAR por BH para chegar a Brasília. Brasília se tornou feudo dos mineiros.


Com tão antiga (para as Américas) urbanização, o Rio tornou-se sofisticado terceiro-mundista, quer dizer, suburbano metido a besta; seus intelectuais de 2005 ainda posam como se estivessem em 1955, 50 anos passados, durante aquela fase de ouro que identifiquei e durou de 1945 a 1968, os 23 anos mais livres da geo-história do planeta. Estão sempre se comportando como se estivessem dando preciosas lições a todos os brasileiros e até ao resto do mundo.

De toda parte do Brasil os brasileiros que vão para lá, inclusive os capixabas, se comportam como “superiores”, elevados, altos, com aquele “ar blasé” (no Houaiss digital: adjetivo  1 que exprime completa indiferença pela novidade, pelo que deve comover, chocar etc. Ex.: <ar b.> <atitude b.> adjetivo e substantivo masculino  2              que ou aquele que está embotado pelo excesso de estímulos sensoriais, afetivos, intelectuais etc.) ou de prazeres, e que se tornou insensível ou indiferente a eles 3 que ou aquele que tem ou demonstra apatia ou desinteresse em relação a tudo, por sentir ou crer ter esgotado todas as possibilidades de experiências ou sensações 4 Derivação: por extensão de sentido. Que ou aquele que se mostra entediado (sinceramente ou por afetação) (com relação a coisas pelas quais a maioria das pessoas demonstra interesse) dos afetados.

O Rio de Janeiro se tornou uma ELEGANTE ruína municipal/urbana e estadual. Deixando de ser para a nação um empecilho e um peso, acabou sendo uma carga e um estorvo para si mesmo. Não parece destroço, mas é. Vive do passado e nada tem produzido de novo, meramente acoplando-se às novidades, seguindo-as sem produzir qualquer revolução ou contestação. Vive das glórias do passado.

São avançados para tudo que é antigo e ainda estão fazendo filmes do Cinema Novo, ainda estão vivendo a deliciosa Bossa Nova (mas não a de agora e sim a de 40 anos atrás, da década dos 1960, já que os cariocas vivem neste 2005 um ano 40 anos mais antigo que este).

Quando os demais brasileiros estão (justamente pela ausência da gargantilha deles, que nos apertava a garganta e não nos deixava falar) se renovando, eles permanecem atados aos sucessos de antigamente. Todos estão indo para a década dos 2010, menos os cariocas, que estão passando à década dos 1970.

Isso é bem triste, porque nós amamos aquele povo que tanto deu ao Brasil e ao mundo.
Vitória, sábado, 08 de janeiro de 2005.

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