quinta-feira, 24 de agosto de 2017


O Futuro do Amazonas e o Lagoão que se Formará em Marajó

 

                            O CAMINHO DO RIO AMAZONAS


                            A FOZ DESTACADA


REPETINDO O PROCESSO

1.       Braço de mar (como na Baía de Guanabara, em que há uma boca estreita que será progressivamente fechada);

2.       A água salgada permanecerá dentro enquanto a água doce não a substituir – o que depende de quantos rios alimentadores há, do fluxo ou velocidade da água, das chuvas, da profundidade do assoalho do antigo braço de mar e de outros fatores;

3.      Quando tudo for água doce estará formado o Lagoão;

4.      Depois será constituído o pantanal;

5.      Que secará até serem centenas as lagoas;

6.      Reduzidas depois a poucas (em Linhares, ES, sobraram 69, um número muito equilibrado e muito gostoso);

7.       Elas sumirão, restando o solo plano;

8.      Nele a floresta exuberante;

9.      Finalmente um deserto.

O FECHAMENTO EM MARAJÓ (a própria ilha é o começo da obstrução; que dependerá do tamanho do rio, da profundidade em volta, do rio estar secando, etc.) NO LADO NORTE...


... OU NO LADO SUL


TUDO DEPENDENDO DOS DETALHES


Em resumo, cada caso é diferente, está sujeito a várias circunstâncias. O que podemos ver é o plano geral, o caminho coletivo que é sempre muito parecido, isto é, podemos ver que linhas gerais são comuns e cada caminho particular é diferente.

Não depende muito ou quase nada da humanidade. Não estamos assoreando o fundo da Baía da Guanabara diferencialmente muito mais do que a Natureza o faria sem nós. O ritmo da Natureza é intenso, como já calculei para o Lagoão em Linhares, onde em apenas cinco mil anos mais de dois mil quilômetros quadrados foram totalmente obliterados. Nós é que temos vidas curtinhas, tudo parecendo nosso. É, enquanto usamos, e não será quando tivermos passado.

MUITAS E MUITAS LAGOAS SERÃO FORMADAS...


... EM TODA PARTE DO CURSO DO RIO (daqui a milhares de anos)


Se pudéssemos ver em computação gráfica, depois de obter fidedignamente os dados de campo, seria muito melhor, porque veríamos as coisas se formando EM MILHARES DE ANOS, quando toda a nossa civilização não tem mais que 10 mil.

Em resumo, a PELE DA TERRA muda sem nem sentir a presença da humanidade. Compreender isso nos proporcionará um metro melhor para nossas atividades, porque trará objetividade e ausência de orgulho e de remorsos (não que se deva destruir a Vida, de jeito algum; mas também não caiamos nos excessos contrários da absoluta restrição).

Vitória, sábado, 08 de janeiro de 2005.

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