Lagoonas dos Lobatos
e Lagoonas Continentais
ESTÁ
BEM NÍTIDO AÍ O LAGOÃO DE LINHARES
(é continental, dá de frente para um Oceano, o Atlântico) – é a parte
verde-escura
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O
LOBATO DA AMÉRICA DO SUL (LAS) – as partes verdes, não as amarelas. Seria
preciso definir melhor as bordas precisas.
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Acontece que pelo lado do Oceano, como
vimos, as lagoonas se formam continuamente, conforme a marcha das glaciações,
ao passo que pelo lado dos Lobatos, não, é só uma vez, porque o mecanismo é
outro, não são as glaciações e sim os meteoritos que proporcionam as forças de
conformação das bordas.
Assim, do lado do Oceano, conforme as
águas subam ou desçam respectivamente nos interglaciais ou nas glaciações as
lagoonas são formadas ou destruídas, de modo que nos últimos 65 ou 273 milhões
de anos pelo lado da costa brasileira, no Atlântico, formaram-se inúmeras
lagoonas, inclusive as do Espírito Santo tendo tido várias posições, ao passo
que pelo lado de dentro do continente formaram-se só aquelas, uma em cada
ponto.
UMA
LAGOONA DE DENTRO QUE PODE TER EXISTIDO (é o caso de pesquisar no campo os restos de seres vivos,
que terão marcado as bordas dela; isso pode ser feito do modo tradicional,
pesquisando colunas cilíndricas cavadas). Lagoonas aqui, no Pantanal – muitas
em volta dele, mas uma só em cada reentrância. Elas começaram como mar, da
forma tradicional, chegaram a pântano, se transformam num número pequeno de
lagoas e assim por diante, mas o ciclo aconteceu uma vez só em cada ponto.
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Então, são entes distintos. O Lagoão
de Linhares teve antepassados e terá descendentes no tempo, mas as lagoonas do
Pantanal, não, foi uma vez só para cada qual. No Espírito Santo há lagoonas a
pesquisar dentro do mar; já no pantanal, quando descoberta uma num ponto
qualquer, não haverá outras no passado nem no futuro.
Vitória, domingo, 16 de janeiro de
2005.
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