Fazendo a Cabeça
No livro de Edgar
Morin, A Cabeça Bem-Feita (repensar
a reforma, reformar o pensamento), 9ª edição, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil,
2004, sobre original francês de 1999, na página 24 ele diz:
“Uma cabeça
bem-feita é uma cabeça apta a organizar os conhecimentos e, com isso, evitar
sua acumulação estéril.
“Todo conhecimento
constitui, ao mesmo tempo, uma tradução e uma reconstrução, a partir de sinais,
signos, símbolos, sob a forma de representações, idéias, teorias, discursos. A
organização dos conhecimentos é realizada em função de princípios e regras que
não cabe analisar aqui; comporta operações de ligação (conjunção, inclusão,
implicação) e de separação (diferenciação, oposição, seleção, exclusão). O
processo é circular, passando da separação à ligação, da ligação à separação,
e, além disso, da análise à síntese, da síntese à análise. Ou seja: o
conhecimento comporta, ao mesmo tempo, separação e ligação, análise e síntese”.
Então me veio a
idéia de escrever esse livro, Fazendo a Cabeça,
colocando as questões do modelo desde o começo: 1) como a cabeça é feita (de
fora para dentro, do ambiente para a pessoa)? 2) como ela faz o mundo (de
dentro para fora)? E aí tudo aquilo que tão extensamente o modelo mostrou, com
todos os detalhes, pois o modelo tem esses pares de opostos/complementares.
Não a Magia/Arte, a
Teologia/Religião, a Filosofia/Ideologia, a Ciência/Técnica e a Matemática como
estavam antes, mas isso que foi adendado ou acrescido e retirado pelo modelo.
Todas as indagações do Conhecimento novo, tal como posto sucessivamente.
Começar com a
colocação de um ponto qualquer no espaço, isto é, iniciando de qualquer coisa e
indo aleatoriamente somando pontos, que agregados constituirão manchas, a
partir daí ligadas por meio de linhas de identificação, então constituindo um
mosaico, um cenário, que virá de mim e dos meus acertos e dos meus erros.
Evidentemente ninguém pode pretender a certeza, que só o Um pode atingir,
estando ela fora das possibilidades do racional; mas, unicamente podemos
desejar indicar caminhos, postando aqui e ali lâmpadas que indiquem novos
objetos. Meu modo de ver e de sentir.
Se for feliz verei
alguns aderirem emocionados e saltitantes a essa forma nova de ver.
Vitória,
quinta-feira, 20 de janeiro de 2005.
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