Estratigrafia do
Lagoão
Se for acontecer a
pesquisa ou busca naquilo que chamei Lagoão, em Linhares, a páleo-lagoa que lá
existiu, é preciso que os governempresas coordenem os trabalhos com o máximo de
seriedade, porque não há nada parecido no mundo. Claro, outras margens de
oceano existem muitas; que tenham uma reentrância que estava livre e depois
coberta, numerosas; que se assemelhem até de perto a esta, várias, mas esta foi
a primeira descoberta e é bem grande. Se tratada com distinção, com a devida divulgação
(ela prestará serviços, não só divulgando Linhares, o Espírito Santo e o Brasil
como principalmente divulgando a geologia, paleontologia, a antropologia e até
a arqueologia, por conta de povoamentos indígenas antigos) poderá operar
prodígios.
O
PRINCIPAL É O MU-SEU
(mu-meu, mu-nosso) – eles devem ser DOIS: um interno e privado, dos
pesquisadores, e outro externo ou público, preparando exposições.
·
Museu geológico (descrevendo a estratigrafia
propriamente dita e estudando os terrenos característicos da região – o que
beneficiará os municípios próximos);
·
Museu paleontológico (determinando os tipos de vida antiga
que habitaram a região e ampliando o chamado “tempo profundo” da Vida local,
com isso ajudando a dar categoria e estabilidade à cultura ou nação ou povelite
capixaba e brasileira);
·
Museu antropológico (habitação pelos índios depois das
duas levas, de 15 e 10 mil anos atrás, e da efetiva chegada aqui – as
sucessivas turmas de habitantes);
·
Museu arqueológico (ocupações por povoados indígenas);
·
Museu histórico (a chegada dos brancos-europeus
portugueses e o início da colonização européia, negra e asiática).
Não se trata só de cavar o passado,
mas também o futuro; e dar, no presente, ocupação a centenas, talvez milhares
que irão do ES todo e virão do Brasil e do mundo inteiro. A UFES deve ser,
enquanto universidade, a presidente-gestora, mas espaço deve ser aberto para as
universidades daqui e as escolas isoladas no que interessar.
Vitória, quinta-feira, 23 de dezembro
de 2004.
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