Entendendo
o que é Fronteira
No livro de Murray
R. Spiegel, Cálculo Avançado
(Coleção Schaum), 2ª impressão, São Paulo, McGraw-Hill , 1972, diz na página
132: “Um ponto pertencente a S é chamado ponto fronteira de S se toda
vizinhança δ restrita de P contém não somente pontos pertencentes a S, mas
também pontos não pertencentes a S”.
Veja que essa é uma
definição importante.
Pois geralmente a
gente pensa em fronteiras como sendo nossas, por exemplo, dizemos “fronteiras
DO BRASIL”; diríamos “a fronteira do Brasil com o Paraguai”, parecendo que é DO
BRASIL, só, e não TAMBÉM do Paraguai. É uma área de partilhamento em que não
existe um país só, mas dois, pois é igualmente fronteira do Paraguai. Os pontos
de fronteira ou borda (que, aliás, são imaginários) pertencem ao mesmo tempo
aos dois países, é lugar-comum Brasil-Paraguai. São duplos-pontos, como uma
costura dupla, em que duas linhas se entrelaçam e se amarram. Aliás, na Rede
Cognata fronteira = PONTO = PERMUTAR = PARTILHAR = HORIZONTE = PLANETA (se L é
vazio), significando que todo ponto é na realidade fronteira. E sendo pontos,
as fronteiras são adimensionais, sem-dimensão.
Tanto pontos PERTENCENTES,
quanto pontos NÃO-PERTENCENTES, quer dizer, enlaçamento, embaralhamento, onde
os dois países estão se tornando um EM δ
(δ/2 de um lado e δ/2 de outro) onde está havendo comunhão. Por outro lado, a
fronteira ou borda tanto pertence quanto não pertence a cada um, pois por ser
do Paraguai não é do Brasil, e por ser do Brasil não é do Paraguai.
Resulta da definição
e da Rede Cognata que as condições de dissolução ESTÃO SEMPRE PRESENTES, ou
seja, nenhum conjunto se sustentará para sempre; pode estabelecer CONDIÇÕES DE
FECHAMENTO, mas a esperteza dos sistemas de fechamento ou paradigmas ou
programas ou parâmetros de controle um dia falharão irremediavelmente, quando
então os pontos do interior serão tocados pelo exterior. Em resumo, todo
conjunto morrerá, menos o Um. Resulta que todo racional dissolverá fatalmente,
por mais que faça, por mais que dure. Porisso os racionais não podem esperar eternidade,
só podem pretender durar um pouco mais. Uma aplicação disso é que o planeta
(com L vazio) será fatalmente atingido pelo exterior (digamos, por um meteorito),
quando as condições se apresentarem. Há muitas outras aplicações, claro.
Vitória,
sexta-feira, 31 de dezembro de 2004.
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