segunda-feira, 21 de agosto de 2017


Embrulhando o Vaso de Depósito

 

                            No Modelo da Caverna (para a Expansão dos Sapiens) despontou que as mulheres eram espertas à bessa, não eram de modo nenhumas daquelas criaturas deixadas para trás nos filmes como se fossem desprezíveis, com a importância se concentrando desde sempre nos homens; pelo contrário, inventaram quase tudo de início e centralizavam o poder. Só com a invenção muito tardia da agropecuária é que os homens assentaram da caçada e se apoderaram das riquezas e do controle.

                            Quando coloco “vaso de depósito” estou despojando de propósito as mulheres de seus atributos qualificativos visando concentrar o leitor no elemento de transposição para o futuro, o depósito de esperma, que era (e é) uma coisa muito ajuizada e muito difícil, com cálculos muito tortuosos. Esse “embrulhar” refere-se realmente a “enganar” homens, que querem ser enganados; a empurrar a raça adiante, para passadas na horizontal e montadas na vertical, subindo a escada PSICOLÓGICA da evolução artificial, que é muito mais difícil e complicada.

                            Elas vão nos embrulhando, colocando propaganda da femilidade, que nos obriga a levar uma carga por toda uma vida. Claro, se não fosse feito nem teríamos tido futuro, mas o fato é que foi se tornando muito elaborado. Essa propaganda da forma (cabeça, tronco e membros, especialmente as partes relevantes – peito para alimentar o bebê, pernas para a capacidade de ir longe buscar, bunda indicado a vagina, etc.) evoluiu no tempo e no espaço: por mais longe que seja inventado (Japão antípoda, 20 mil km de nós; ou vice-versa) rapidamente elas adotam. O objetivo do banco é atrair os depósitos e assim agem elas. Tornam-se vasos de depósito perfeitíssimos, impossíveis de resistir. Mil técnicas diferentes têm e nós caímos direitinho, até porque o jogo todo é cair mesmo. Mas, para uma coisa que aconteceria de qualquer modo os refinamentos são insuspeitos: se tomar água é condição de prosseguir, por quê torná-la MAIS APETITOSA? A razão é que não se trata só de beber, de se saciar, é o contrário, é nunca estar saciado, porque o futuro da racionalidade pede isso.

                            Vitória, quinta-feira, 23 de dezembro de 2004.

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