A Transformação do
Mundo em -<W>+
W é a Glaciação de
Wisconsin, que durou de 115 a 10 mil anos atrás; <W> é a fase do degelo,
em que choveu muito, como já vimos; o (-) é o tempo imediatamente anterior; o
(+) é o tempo imediatamente posterior.
Em (-), imediatamente
antes do degelo, quando o planeta ainda estava congelado as temperaturas eram
em média muito mais baixas (quanto? 5, 10, 15, 20º a menos?), o ar era seco, o
frio certamente penetrava na pele como agulhas, quase não chovia - exceto em
razão dos equador-de-temperaturas de W – e o mundo era bem diferente de agora.
Seria preciso comparar cada dado da Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo,
fogo/energia, Vida no centro, Vida-racional no centro do centro - pois os
neandertais já existiam desde antes de W e depois de 80/70 mil anos também os
cro-magnons) nesse tempo, digamos nos mil anos anteriores.
Em (+),
imediatamente depois do degelo um novo mundo surgiu, tépido, gostoso,
tranqüilo, esse que conhecemos e que não existiu antes por 115 mil anos. Nós
nem agradecemos o planeta que usufruímos! Mas ele era ligeiramente diferente,
porque ainda tremia de frio, ainda estava esquentando progressiva e lentamente
em toda parte, diferencialmente, até que o globo inteiro atingisse equilíbrio
em volta da nova temperatura média, sem grandes distâncias em cada ponto em relação
às médias locais de agora.
Em relação a
<W> temos por enquanto uma incógnita, <X>, porque nada mesmo foi
estabelecido para essa mais importante das fases (no início e no fim de cada
glaciação – e foram muitas – essas fases e antifases, fases simétricas se
sucedem). Como tudo é Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições
Estatísticas, deve ter começado mais devagar, acelerando-se e terminado mais
pausadamente também, no centro o descongelamento tendo sido bastante rápido.
Quanto chovia? Quanto essa chuva contínua destruiu da Vida geral? Como os
neandertais e os cro-magnons enfrentaram tal desastre ambiental? Como as
florestas se expandiram para as antigas áreas geladas na medida em que elas
eram desocupadas? Como os racionais acompanharam as movimentações rapidíssimas
desses mil anos? Imagine que, digamos, a temperatura média de antes era 10º C e
depois passou a 25º C; que antes quase não chovia e durante <W> chovia
desesperadamente; que de vazio e branco de neve o mundo se tornou coalhado de
vida verde novíssima em toda parte. Se isso aconteceu de fato em apenas mil
anos, mesmo com as pessoas vivendo só 35 anos dá para deixar coisas contadas,
porque as mudanças se dão de ano para ano. A pessoa não via o mesmo cenário a
vida toda; se cada mudança só ocorresse de 60 em 60 anos, período maior do que
o da vida naquele tempo, ninguém teria muito que contar, porque os avós
ficariam muito mais ilhados em suas observações. Agora que temos escrita ouvimos
notícias de seis mil anos atrás e podemos comparar com nossas observações
atuais.
Mas em <X> não
sabemos o que acontecia.
Tremendas enchentes,
chuvas contínuas, solos mineralizados pela precipitação altíssima que os
lavava, céu encoberto, rios muito maiores e mais revoltos, árvores caindo e
florestas se expandindo celeremente, a água do mar subindo constantemente ano após
ano 16 cm/ano, dificuldade de plantar, número menor de presas, as pessoas
fechadas nas cavernas, crianças sem brincar, uma quantidade de infernos que
soam impossíveis para nós. Os tecnocientistas deveriam modelar em computação
gráfica e apresentar em documentários, redirecionando os olhares, levando muito
mais gente a se interessar pelas pesquisas & pelos desenvolvimentos.
É todo um campo novo
de P&D aberto para grandes investimentos governempresariais.
Vitória,
terça-feira, 01 de fevereiro de 2005.
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