A Sutil Linha do Espírito Santo
COMO É AGORA
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A
PARTE MAIS VERDE NO MAPA ABAIXO EM TERRA INTERESSA MAIS AGORA (no mar é o azul mais claro)
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Não sabemos as
alturas ou cotas em solo, o que é uma pena, mas tal área é a que está sujeita
nos períodos glaciais a amplas modificações: quando o mar desce de nível (na
mais recente glaciação, a de Wisconsin, que durou de 115 a 10 mil anos atrás,
desceu 160 metros – na vertical, decerto) e a linha-de-costa muda vários quilômetros
até adiante do que vemos hoje, no sentido do leste.
A LINHA-DE-COSTA E OS LUGARES RASOS
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A descida de 160 metros na vertical
com 45º de inclinação dá plataforma de 230 metros; como essas regiões em azul
mais claro estão na cota de até 50 metros de profundidade pode ser que as novas
linhas ficassem vários quilômetros adiante. Só os geógrafos e os pesquisadores oceanográficos
vão poder dizer.
Em resumo: a linha-de-costa muda
muito.
Conforme virtualmente recuássemos no
passado e avançássemos no futuro veríamos a LDC (linha-de-costa) mudar para a
esquerda e a direita, entrando o “estado” virtual na plataforma continental ou
dela se afastando. Nós estamos numa PC (plataforma continental) agora mesmo, em
relação a nível mais alto da água. Devemos rever nossos conceitos para admitir
esse movimento perpétuo muito rápido fora dos nossos prazos de vida. Em tempos
mais longos as coisas mudam aceleradamente.
Isso de colocar mapas como se eles
fossem fixos é um erro: nos dá idéia de permanência, o que é em parte
verdadeiro e em parte falso; o que é ruim é que não prepara as crianças para o
futuro de mudanças. Tudo está se movendo no sentido leste-oeste, norte-sul,
acima-abaixo, no conjunto da Terra e assim por diante.
Deveríamos ensinar mais sobre
mudanças.
Porém, dado que mudanças podem
significar para as burguesias e as elites fim de domínio de classe esse ensino
das alterações constantes não vem sendo muito privilegiado, é claro; fala-se de
mudança, mas não com intensividade.
Se os mapas em virtual existissem
poderíamos ver que tudo está em processo de alteração inabalável. Veríamos que
isso não é um mal, pelo contrário, é um bem; até induzindo a mudança social e a
esperança de ascensão ou elevação social.
Vitória, quarta-feira, 22 de dezembro
de 2004.
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