A Garrafa do Lagoão
A GARRAFA NA POSIÇÃO VERTICAL
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Agora a imagine virada, a boca para a
direita; corte-a pela metade e retire a metade de cima – vai ficar uma bacia
com uma boca.
A
BACIA DA GUANABARA
(doravante a Baía da Guanabara será uma lagoona, com todas as características
evolutivas, como eu já disse)
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Ela seguirá toda a seqüência, até
virar deserto alguns milhares de anos depois de agora, talvez 15 mil anos, como
centenas na Terra e zilhões no universo inteiro já fizeram. Compreendemos muito
bem agora o encadeamento.
JUNTE
AS DUAS IMAGENS DO GARRAFÃO E DO LAGOÃO
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Dependendo de muitos fatores a boca
será obstruída mais cedo ou mais tarde e a Lagoona será formada só com água
salgada que irá diminuindo a salinidade, depositando o sal no fundo, quando a
água salgada for sendo substituída por água doce.
OS
VÁRIOS FATORES
·
As
chuvas nas bacias dos alimentadores;
·
Se
em volta dela o solo é mais mole ou mais duro, e se há mais dele para se soltar
com as chuvas (se é mais ou menos profundo até chegar nas rochas);
·
Se
o fundo da baía é mais ou menos fundo;
·
Se
a boca é mais larga ou mais estreita, e qual é a altura do solo da boca em
relação ao nível do mar;
·
Se
o entorno da baía está coberto de árvores que sejam arrancadas e depositadas no
fundo, acelerando muito o processo de preenchimento;
·
As
dimensões em área da baía (baías menores tendem a ser preenchidas mais cedo –
seria o caso de fazer um levantamento de tais áreas e dos volumes correlatos);
·
Outros.
OUTRAS
BAÍAS (já
existiram e existirão; foram e serão construídas na área menos azul)
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Evidentemente é passageiro: a Baía da
Guanabara está em processo de transformação que vem lá de trás. Era maior, na
Glaciação de Wisconsin, quando as águas estavam 160 metros mais baixas, e ia
até lá para dentro do mar talvez vários quilômetros na plataforma continental.
Assim como a Baía de Todos os Santos, na Bahia, nesta mais próxima de nós
aconteceu de TEREM SIDO MUITAS AS BAÍAS DA GUANABARA. Este de agora é apenas o
desenho mais recente dentre todos. Tivemos há apenas pouco mais de 10 mil anos,
quando as águas começaram a subir, outra páleo-baía, e assim por diante em cada
era glacial e nos interglaciais (como este de agora). Os seres humanos pouco
interferem e pouco do que fazem muda muito o cenário. Nossa capacidade de alterar
os panoramas é pequena e quase não conta nas escalas geológicas.
Isso de modo algum quer dizer que não
devamos ter cuidado, porque na escala psicológica, que é muito mais curta,
talvez por um divisor (dizem fator) de 1.000, o processo nos interessa
diretamente e muito.
Vitória, quinta-feira, 13 de janeiro
de 2005.
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