quarta-feira, 23 de agosto de 2017


A Linha da Vida e o Papo que Levei com um Conjunto Eletromagnético

 

                            Esses distanciamentos permitem que a gente dialogue num nível mais elevado quanto às dimensões do Desenho do Mundo.

                            Veja a Linha de Vida (coloco em maiúsculas para mencionar todas as variações que durante todo o tempo ocorreram) de 3,8 bilhões de anos para cá: nas quedas dos meteoritos maiores ela adelgaçou, ficando fininha há 273 milhões de anos, quando foram extintas 99 % das espécies – então a linha ficou com um centésimo da espessura em 100 %, mas mesmo esse 1 % ainda era muito e quando lhe foi dada a oportunidade ele se expandiu, indo muito mais longe que os 100 % de antes. Enfim, a LV oscilou como uma curva seno (ou co-seno) dupla volumétrica pelas oportunidades em volta de uma linha.

                            E nós, em nossas curtas vidas (vou colocar 76 anos para dar conta com muitos zeros) de 1/50.000.000 de 3,8 bilhões de anos da Vida somos segmentos de reta incorporados à reta principal que começou lá para trás. Não que nossas curtas vidas não tenham significado, de modo nenhum, há várias pessoas muito boas, a lista seria grande. Mas é útil a imagem, porque retirando esse significado podemos mostrar outros: a Grande Reta segue impávida e de vez em quando há o adensamento pela junção desses pequenos segmentos. Quero dizer que há grandes e pequenos desenhos (mas os pequenos desenhos têm uma importância psicológica por vezes capital).

                            E de outra banda há as pessoas, todos os entes e objetos que têm desenho eletromagnético, isto é, são estabilidades EM. É o desenho eletromagnético que permite que sejamos essas configurações, tanto de hardware-máquina ou esqueleto (todo o corpo: cabeça, tronco e membros, órgãos interiores, cérebro) quanto o software-mente ou GAP, gerador de autoprogramas, como chamei. Os programas mentais são também configurações EM, quer dizer, no conjunto software EM escrito em hardware EM. Então, conjuntos eletromagnéticos se encontram e conversam, se beijam, trocam impressões, constroem o planeta-psicológico.

                            Tal visão nos permite abstrair de nossa participação emocionada para vermos o conjunto da Existência, em maiúscula todas as existências isoladas.

                            Vitória, domingo, 23 de janeiro de 2005.

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