sábado, 22 de julho de 2017


Mutação Linguística Sapiens

 

                            Como já vimos, tudo no racional é racional, havendo o instrumento externo (sentido externo, no corpo) a par do operador interno (sentido interno, no cérebro).

                            RACIONALIDADE DO CORPO

·       RACIONALIDADE DOS MEMBROS:

1.       Das pernas [bipedalismo; ou multipedalismo, que poderia acontecer se a origem do racional estivesse num ser 2p + 2, isto é, com qualquer número par de pernas, com dois braços, ou até da forma 2 (p + b), sendo “p” pernas e “b” braços, o dois significando simetria];

2.       Das mãos (manipulação);

·       RACIONALIDADE DO TRONCO: mudanças internas que correspondem à racionalidade do racional;

·       RACIONALIDADE DA CABEÇA:

1.       Dos olhos (visão);

2.       Da língua (palatização);

3.      Do nariz (olfatização);

4.      Do ouvido (audição);

5.      Do tato.

Porém, nada disso é fundamental – é apenas necessário. Suficiente é que haja mutação que dê linguagem, depois disso a língua acumulativa levando a tudo mais, porque se trata de fazer as transferências para níveis RACIONAIS mais altos, construindo as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo).

AS CONSTRUÇÕES SUPERIORES (depende exclusivamente                                       do elemento acumulador, a língua)


O boi tem olho-boi-interno (OBI) e olho-boi-externo (OBE), este o globo ocular do boi; se o programáquina OBI interno recebesse um globo ocular humano ainda veria, embora com deficiências. O OBE, posto junto da fração da mente humana que vê internamente não seria mais OBE e sim OHE (olho-humano-externo), dado que é só instrumento. O que fica é a racionalidade, pois o instrumento é racionalizado. Claro, a racionalidade está no cérebro humano; ela é, para a humanidade, a língua que acumulou todos aqueles níveis de racionalidade. Como está demonstrado, a racionalidade humana comporta já sete níveis e está prestes a adquirir mais um, a globalização. Então, é a verbalização que é crucial, que define, que dá fundamento. De nada adianta os românticos roboticistas mágicos/artistas da FC darem formas antropóides aos seus projetos: isso não fará dos robôs mágicos seres racionais. O que dá superioridade é a língua, é ela que leva ao superior, à acumulação.

Se um elefante começasse subitamente a falar ele começaria a sair de si, de sua condição de irracional para a acumulação psicológica/p.3, da segunda natureza; sua tromba iria se transformar num pegador mais eficiente ou ele entraria em condição-bipedal, de dois pés, liberando as patas da frente da condição de caminhar, passando então à posição vertical. Aliás, nem é necessário ficar ereto, basta ter pegador e língua. Pegador potencial o elefante tem, falta-lhe apenas a língua.

Desse modo, a verbalização é fundamental ao estabelecimento da MICA, memória, inteligência e controle ou verbalização artificial. Para criar MIC-artificial basta atribuir capacidade de comunicação.

Vitória, quinta-feira, 09 de setembro de 2004.

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