quinta-feira, 22 de junho de 2017


Revistas das Revistas

 

                            Como previ em 1994 ao Adonias, dono de banca no centro de Vitória, rua Ararigbóia [escrito assim e não Araribóia, um cacique lutador capixaba]. Na Barsa digital 1999, grifo meu:

À frente de guerreiros temiminós, o cacique Araribóia desempenhou papel decisivo na expulsão dos franceses e seus aliados tamoios do Rio de Janeiro, no início da colonização portuguesa. Supostamente nascido no Espírito Santo, para onde sua tribo tinha sido expulsa pelos tamoios, Araribóia, nome que significa cobra feroz, participou, em 1565, da fundação do Rio de Janeiro, ao lado de Estácio de Sá. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.]

- na sequência da URV (unidade real de valor, abril a junho) e do Real que o sucedeu creio que desde julho/94, o futuro das bancas de revistas seria de fartura de revistas. Era fácil prever isso: 1) a estabilização da moeda permitiria fazer planejamento; 2) a folga planejada e prometida aos pobres destinaria temporariamente mais recursos aos supérfluos, até que a corrosão dos salários se instalasse de novo; 3) a euforia com o fim da inflação e da corrosão súbita, quase diária para muitos itens e diárias mesmo para outros, tornaria as pessoas mais gastadoras. Além disso, num movimento de mais longo prazo as mulheres estão gastando muito dinheiro com revistas e de um modo geral com informação, embora elas sejam mais do lado das imagens, como diz o Modelo da Caverna.

                            Não deu outra coisa.

                            As revistas pulularam e nasceram e morreram como cogumelos depois de chuva no pasto com bosta de boi. São em número incontável, agora.

                            Pois bem, chegou o tempo da segunda etapa da acumulação nesse subsetor: de colocar uma Revista das Revistas, RR, R2. Essa revista secundária cuidaria de investigar as revistas primárias, fazendo reportagens sobre elas.

                            OS AMBIENTES DAS REVISTAS

·        revistas mundiais;

·        revistas nacionais (publicadas no Brasil);

·        revistas estaduais (do Espírito Santo);

·        revistas municipais/urbanas (que circulariam somente em Vitória – a chance é pequena disso acontecer, mas pode).

AS REVISTAS NACIONAIS (conforme as pessoas a que se destinam)

·        revistas para os indivíduos;

·        revistas para as famílias;

·        revistas para os grupos;

·        revistas para as empresas.

AS REVISTAS PARA OS INDIVÍDUOS (conforme os sexos e as idades)

·        revistas para as mulheres;

·        revistas para os homens;                                                                         

·        revistas para as crianças;

·        revistas para os adultos;

·        revistas para os maduros;

·        revistas para os velhos;

·        revistas sobre a morte (essa preparação não é feita, mas deveria ser, como já indiquei).

E há uma multiplicidade de assuntos: 1) as 6,5 mil profissões que dizem existir; 2) as - até agora listadas - 22 tecnartes; 3) os modos de conhecer (mágicos-artísticos, teológicos-religiosos, filosóficos-ideológicos, científicos-técnicos e matemáticos) e as chaves e bandeiras do modelo.

Enfim, é assunto “pra dar com o pau”, como diz o povo, muita coisa, infindáveis oportunidades de dissertação. Inclusive essa R2 pode olhar de fora para dentro, dos consumidores para as revistas, e de dentro para fora, das revistas para a clientela, servindo de canal útil a ambos os lados, fazendo crítica favorável e desfavorável às revistas primárias (e a sim mesma, se tiver altura e capacidade disso).

Vitória, sábado, 22 de maio de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário