Revistas das Revistas
Como previ em 1994
ao Adonias, dono de banca no centro de Vitória, rua Ararigbóia [escrito assim e
não Araribóia, um cacique lutador capixaba]. Na Barsa digital 1999, grifo meu:
À frente de guerreiros temiminós, o
cacique Araribóia desempenhou papel decisivo na expulsão dos franceses e seus
aliados tamoios do Rio de Janeiro, no início da colonização portuguesa. Supostamente nascido no Espírito Santo,
para onde sua tribo tinha sido expulsa pelos tamoios, Araribóia, nome que
significa cobra feroz, participou, em 1565, da fundação do Rio de Janeiro, ao
lado de Estácio de Sá. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.]
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na sequência da URV (unidade real de valor, abril a junho) e do Real que o
sucedeu creio que desde julho/94, o futuro das bancas de revistas seria de
fartura de revistas. Era fácil prever isso: 1) a estabilização da moeda
permitiria fazer planejamento; 2) a folga planejada e prometida aos pobres
destinaria temporariamente mais recursos aos supérfluos, até que a corrosão dos
salários se instalasse de novo; 3) a euforia com o fim da inflação e da
corrosão súbita, quase diária para muitos itens e diárias mesmo para outros,
tornaria as pessoas mais gastadoras. Além disso, num movimento de mais longo
prazo as mulheres estão gastando muito dinheiro com revistas e de um modo geral
com informação, embora elas sejam mais do lado das imagens, como diz o Modelo
da Caverna.
Não deu outra coisa.
As revistas
pulularam e nasceram e morreram como cogumelos depois de chuva no pasto com
bosta de boi. São em número incontável, agora.
Pois bem, chegou o
tempo da segunda etapa da acumulação nesse subsetor: de colocar uma Revista das
Revistas, RR, R2. Essa revista secundária cuidaria de investigar as
revistas primárias, fazendo reportagens sobre elas.
OS AMBIENTES DAS REVISTAS
·
revistas
mundiais;
·
revistas
nacionais (publicadas no Brasil);
·
revistas
estaduais (do Espírito Santo);
·
revistas
municipais/urbanas (que circulariam somente em Vitória – a chance é pequena
disso acontecer, mas pode).
AS
REVISTAS NACIONAIS
(conforme as pessoas a que se destinam)
·
revistas
para os indivíduos;
·
revistas
para as famílias;
·
revistas
para os grupos;
·
revistas
para as empresas.
AS
REVISTAS PARA OS INDIVÍDUOS
(conforme os sexos e as idades)
·
revistas
para as mulheres;
·
revistas
para os homens;
·
revistas
para as crianças;
·
revistas
para os adultos;
·
revistas
para os maduros;
·
revistas
para os velhos;
·
revistas
sobre a morte (essa preparação não é feita, mas deveria ser, como já indiquei).
E há uma multiplicidade de assuntos:
1) as 6,5 mil profissões que dizem existir; 2) as - até agora listadas - 22
tecnartes; 3) os modos de conhecer (mágicos-artísticos, teológicos-religiosos,
filosóficos-ideológicos, científicos-técnicos e matemáticos) e as chaves e
bandeiras do modelo.
Enfim, é assunto “pra dar com o pau”,
como diz o povo, muita coisa, infindáveis oportunidades de dissertação.
Inclusive essa R2 pode olhar de fora para dentro, dos consumidores
para as revistas, e de dentro para fora, das revistas para a clientela,
servindo de canal útil a ambos os lados, fazendo crítica favorável e
desfavorável às revistas primárias (e a sim mesma, se tiver altura e capacidade
disso).
Vitória, sábado, 22 de maio de 2004.
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