Restauradores

 

Depois de 40 anos na luta para proteger as chamadas minorias (minorias políticas: mulheres, crianças, velhos, estrangeiros, homossexuais, desonestos, corruptos, sonegadores, negros, ciganos, drogados, especuladores, jogadores, ricos, artistas, etc. – não estou em nenhuma dessas categorias), parei, porque não tem mais jeito, agora é descida de ladeira, ninguém segura. Já falei muitas vezes do estopim da bomba, que deve ser aceso agora em 2019 na China. Se ocorrer, os desdobramentos serão muito rápidos, rapidíssimos.

Esses “restauradores da decência” se unirão.

2,5 % e aderentes.	90,0 %: são os direitos de média, foram desenhados durante incontáveis milênios.			2,5 % e aderentes.
Esquerdismo.	Esquerda.	Centro.	Direita.	Direitismo.

Os direitos de média são inflexíveis e o tecido da realidade, inelástico: se for puxado para a superesquerda ou a superdireita, a mola dialética será armada e a oscilação principiará, tanto mais violenta quanto maior o puxão.

A conhece 15 homossexuais, B 8, C 22, D 30 e aí já serão 75, vai crescendo exponencialmente o número denunciado daqueles que, segundo dizem agora, “saíram do armário”, manifestaram-se, crentes das permissividades do liberalismo (a superafirmação doente mental da liberdade), eles mesmos, querendo ser poupados, delatarão outros, como acontece nas ditaduras – com isso sobrevirá a matança generalizada, tão logo sejam retirados os freios.

Como as pessoas acham que aconteceu na Alemanha nazista e na URSS pseudo-comunista? A multidão irrefreável pegará todos, desastre inqualificável, pois os anti-H farão favores aos anti-R para obter a adesão destes, e vice-versa.

Quando a ruína sobreviver e com ela a fome, as doenças, a guerra e a peste, as pessoas perguntarão: quem causou isso?

Vitória, sexta-feira, 26 de maio de 2017.

GAVA.