Dentinho
Considerando que são
80 % em 175 milhões os brasileiros das classes média, médio-baixa ou pobre e
miserável, ou 140 milhões de indivíduos, podemos contar que essa é a população
com cáries e necessitando grosso modo de tratamento dentário. Os miseráveis e
os pobres, então, quase nunca fazem tratamento, que é muito caro e só pode ser
bancado com facilidade pelos médios-altos e os ricos, 20 % de todos, ou pelos
governos e instituições como SESI e SENAI, assistencialismo da iniciativa
privada.
Poderiam os
governempresas colocar Kombis ou quaisquer utilitários - com um grande dente
identificador - que fosse de bairro em bairro ou aos distritos (o conjunto de
uns e outros deve ser de uns 60 mil no Brasil). Interessa sobremaneira aos
odontologistas e à entidade deles, a associação da categoria, financiar essa
idéia, porque quem está acostumado a não fazer tratamento com toda certeza não
poupará para tal, a menos que saiba os riscos que está correndo de doenças que
jamais imaginaria ligadas à degeneração e perda dos dentes, como gastrites e
até problemas cardíacos.
Penso sempre
primeiro lugar no Espírito Santo, mas a falta de iniciativas aqui é notória; só
fazem por cópia de outros estados ou países – assim, é preciso que outros
lugares copiem minhas idéias para que o ES copie esses lugares. Nunca é direto,
é sempre o caso de fazer uma volta danada. É preciso programar, como em tudo,
para dar certo, e há que saber quem vai financiar; se entregue ao governo
sempre há Caixa Dois, o endêmico desvio de verbas, de modo que o melhor seria o
dinheiro ser passado ao SESI e SENAI, que prestariam contas. Poderia ser por
estado um centésimo ou 1/50 de utilitários por quantidade de bairros mais
distritos, no ES sendo 800 deles, um centésimo constituindo oito, e se 1/50
apenas 16. Ficando uma semana em cada um deles, havendo 52 semanas por ano
poderiam passar em (8 x 52 =) 416 deles, metade num ano, ou a totalidade, se
1/50, pois 16 x 52 = 832.
Em resumo, os
utilitários, ficando uma semana em cada bairro ou distrito poderiam tratar
todos (sendo apenas 16) ou metade num ano (sendo 8). Fácil e barato. Mas aí
teríamos os aparelhos, os dentistas, a propaganda, etc. Não custaria caro. É
questão de calcular.
Vitória,
quinta-feira, 04 de março de 2004.
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