terça-feira, 23 de maio de 2017


De Que Adão Vai Viver?

 

                            Como vimos em A Coroa do Rei dos Reis, neste Livro 69, a direção coroada custa algum dinheiro; mas do outro lado, como posto em As Forças Armadas Imperiais de Adão, idem, há uma poupança implícita de recursos destinados às FA, talvez caindo de 1,6 trilhão de dólares por ano para um décimo disso, 160 bilhões, havendo folga de 1,44 trilhão, o que é muita coisa – se for destinado um centésimo disso ao custeio da Coroa, ou 14,4 bilhões, ainda será vantajoso demais perante o fim das guerras e a pacificação, sem gastos de destruição e de reconstrução, e, mais ainda, com a sensação de tranqüilidade geral pela primeira vez em milênios.

                            Veja a coletânea Adão Sai de Casa para seguir a trilha que veio dar nessa compreensão.

                            Porque, você sabe, os reis e as rainhas não saem de graça, há pompa e circunstância. Em algum lugar da minha memória está que o custo de manutenção do reinado na Grã-Bretanha é de muitos milhões de dólares, talvez mais de 20 por ano. Sem falar nas isenções. E isso para um reino de 60 milhões de habitantes. Em se tratando da Terra, 6,3 bilhões, 100 vezes aquela população, se guardasse a proporção seriam US$ 2,0 bilhões por ano, no mínimo.

                            Porque há todos aqueles jatinhos, mordomias, castelos, estadias em hotéis cinco estrelas, jantares e almoços infindáveis, festas, palacetes, médicos e hospitais para toneladas de gente, o pagamento da pompa e da circunstância, toda aquela nojeira que, no entanto, faz sentido quando a tudo é colocada. E com liberdade se vai gastando com prodigalidade, se não há vigilância. Como, pensamos, os benefícios de uma tal instalação imperial para a Economia e tudo no planeta serão inicialmente tão grandes, os gastos estarão justificados; depois já não haverá como fazer a volta e retornar – o consumo implícito estará consolidado e justificado. É infernal: as coisas ruins nascem de bons motivos.

                            É que as pessoas se vêem naquele conjunto de formas e conteúdos e não suportam se imaginar pobretões. Então as coroas fazem a festa, pois sempre há um puxa-saco para comprar aquela sombrinha grande que também o abrigará.

                            Vitória, quinta-feira, 04 de março de 2004.

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