As Dores Castigam Eva
Diz a Bíblia,
Gênesis 3,16, que Deus castigou Eva por seus erros, os de tentar compor a
partir da Criadora de Tudo (árvore da vida): “Disse também à mulher:
‘Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos
te impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio’”
Ora, Eva não
conhecia a dor, nenhum tipo de dor, e logo a primeira foi a terrível (segundo
dizem as mulheres é como cagar uma melancia) dor do parto. Veja que depois de
Caim e Abel Eva teve Set de Adão aos 130 e viveu depois disso 800 anos. A
Bíblia diz que todos tiveram filhos e filhas, frisa isso repetidamente. Fora um
período de 130 anos que os extrabíblicos referem Adão ter ficado longe de Eva
eles devem ter transado 670 anos, o que é muita coisa (imagine que os seres
humanos desde que casam aos 20 têm mais 30, 40, 50 anos de sexo). E tudo isso
com “filhos e filhas”, de modo que Eva deve tr conhecido muitas dores.
Mas não como as das
mulheres sapiens, que vinham de suportá-las desde a eternidade, porém
subitamente, daqui para ali, da noite para o dia; num dia não conhecia a dor e
no outro ela se apresenta devoradora, estupidificante, paralisadora, mortal, de
congelar a alma (como é o parto, segundo elas). Evidentemente Eva pegou ainda
mais raiva do Serpente, com quem “esteve”, quer dizer, transou (e do qual,
imagino, teve Caim).
O resultado foi que
Eva teve 670 anos de dores ou quanto tempo tenha sido. Isso é que é
multiplicar, hem? Quando Deus diz uma coisa é de arrepiar mesmo. Isso que as
mulheres humanas têm por no máximo 30 anos (agora, 10 ou menos, sei lá, em
média) ela teve por 670 (ou quanto tenha sido). É de arrebentar qualquer um,
não é? Dá até para ter pena dela, apesar de ter levado todos ao pecado
original. Ela não era como as mulheres humanas nem como as celestiais que
tiveram filhos depois e conheciam a coisa de ela contar, ela foi a primeira de
sua espécie a sentir dor, uma punição inacreditável da qual esteve livre Adão –
pelo menos nisso.
Vitória, domingo, 07
de março de 2004.
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