sexta-feira, 7 de abril de 2017


Máximos e Mínimos Femininos

 

                            Estudei e expus a questão dos ciclos menstruais femininos segundo o modelo: os ciclos senoidais ou cossenoidais das regras mensais lunares, o período de extrema felicidade, com três e meio dias antes e depois do oposto do início do corrimento.

                            Isso é muito interessante, porque as mulheres não têm um ciclo redondinho, perfeitamente circular (ou quase) como o dos homens, pelo contrário, o delas é como uma elipse fortemente excêntrica.

                            Veja como.

                            De um lado há as regras de três dias, em geral, mas podendo durar cinco entre começo e fim, segundo a concepção geral. Como o ciclo lunar é suposto de 28 dias ou quatro semanas de sete dias cada (4 x 7 = 28), temos duas fases de 14 dias, divididas em duas de sete. Então, devemos imaginar as regras como sendo de sete dias, três e meio de cada lado, os três e meio de antes (tensão pré-menstrual, a tão temida e odiosa TPM) sendo antecedidos de sete dias de decaimento, preparando a degeneração, des-criação, mergulhando rumo ao que no modelo chamei de “crucialidade inferior”, justamente os sete dias de regras (três e meio até de TPM, três e meio de corrimento), que constituem conjuntamente o mínimo. Então, sete dias de decaimento, três e meio de TPM, três e meio de sangramento.

                            Naquele máximo teremos igualmente sete dias, esfusiantes, três e meio antes do topo e três e meio depois, com sete dias de elevação, TRÊS E MEIO DIAS SUPERFELIZES e três de felicidade branda. São esses três e meio superfelizes que serão os mais férteis, os melhores para fecundação, inclusive para os casais com dificuldades de procriar. Portanto, as mulheres têm (7,0 + 3,5 + 3,5 =) 14 dias bons para o amor (e 14 dias ruins). Um lado para dentro e um lado para fora, como uma elipse, metade para Eros e metade para Tanatos, com o foco em Tanatos, PORQUE é o elo fraco da corrente (mulher que não engravidava, antigamente, entrava em fossa total e irresistível, financiada pelas outras mulheres, porque a denúncia de não-gravidez indicava que a tribo não aumentava e a segurança da tribo também não aumentava – mulher que não procriava era desprezadíssima, com toda certeza, principalmente as inférteis, que mês após mês só sangravam sem engravidar – razão pela qual tanto a Natureza quanto as demais mulheres queriam matá-la). O lado bojudo, da felicidade, era o prêmio oferecido pela Natureza à carga da procriadora, a mulher.

                            Assim, é bem fácil agradar às mulheres, sabendo dessas coisas, porque elas ficam fragilizadas quando do foco em torno da Tanatos ou da morte as faz serem rejeitadas por todos (mais as mulheres, menos as crianças, menos ainda os homens, o que quer dizer que mesmo hoje é melhor as mulheres em fase de regras se afastarem das outras, que irão fatalmente chacoalhá-las).

                            Pense num foco, como se fosse o Sol, só que uma estrela (= MORTE) negra perto da qual passa a mulher em menstruação e para longe da qual ela vai naqueles quatorze dias de felicidade. É como um ovo fortemente bojudo. Se segue que as mulheres TÊM UM MÊS DE QUATORZE DIAS, apenas, e não de 30, como nós homens. SEMPRE, durante quatorze dias, a vida delas é infelicidade de menor a maior.

                            Sabendo quando é o dia da menstruação, pode-se conduzir a vida das mulheres, se a pessoa sem educação assim desejar.

                            A gente nunca havia pensado que o ano das mulheres só tem 183 dias, os outros sendo depressivos e fortemente depressivos. Num ano são pouco mais de 13 períodos felizes de 14 dias, que devem ser aproveitados ao máximo. Quando isso for sabido largamente teremos mais chances de ajudá-las. A Vida e a Natureza cobram um largo preço delas.

                            Vitória, sexta-feira, 21 de novembro de 2003.

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