quinta-feira, 20 de abril de 2017


Guia Jóia

 

                            Jóia não apenas no sentido de designar os objetos feitos com pedras preciosas, mas naquele outro de toda coisa valiosa, desde um olhar até uma casa, um carro especial, tudo que for de grande dignidade própria, de objetos a principalmente gente. Toda a nobreza de gestos e procedimentos, de coisas coletáveis, de prazeres a ter na carne ilusória, de profundos estados de espírito, de santidades, tudo que for extremadamente único.

                            Jóia tem sido o atavio, o adorno dos tolos, porisso mesmo desprezada, mas aqui quero o outro lado das possibilidades e a dignificação que ele trará – daí a necessidade da criação dessa revista GJ, que avançará para ser uma programáquina Guia da Jóia 1.0, evoluindo subseqüentemente à Microsoft, de três em três anos ampliando os horizontes.

                            Ou seja, uma revista diferente das revistas comuns, porque ela mesma uma jóia - em cada edição - a ser guardada para sempre, contando o que há de mais precioso no mundo humano. Porisso mesmo sendo rara, de relativamente poucas páginas, talvez umas 60, no máximo, destinada a todo ser humano que aprecia o raro e o valioso. Por necessidade da linha editorial os jornalistas e escritores devem ser também delicadíssimos e cuidadosos, mas não boiolas, de jeito algum, até porque essa gente tende a exagerar. Não se deve mirar profusão de notícias, nem evitar por preconceito esta ou aquela aproximação atenciosa – o incomum e valioso pode estar em qualquer classe ABCDE do TER, em qualquer tempo e espaço, vindo de qualquer pessoa ou ambiente. É QUANDO SE MANIFESTAR, e devemos o quanto antes retratar para a posteridade. É aquela altura que está mias perto de Deus, digamos assim. Não tem preço, no sentido espiritual, nem é preciso que tenha custo alto no sentido material.

                            Vitória, segunda-feira, 22 de dezembro de 2003.

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