Distorções
A frase que
Nietzsche disse “o que não me mata me fortalece” eu sei que na versão popular ficou
“o que não mata engorda”, que modifica bastante o sentido. A frase de
Shakespeare, segundo o vulgo, “há mais entre o Céu e a Terra do que imagina nossa
vã filosofia” é outra no original.
Há a experiência dos
psicólogos que colocam número indeterminado de indivíduos (digamos 20) sentados
em cadeiras e sussurram ao ouvido do primeiro, que deve passar à esquerda (ou à
direita), chegando na outra ponta completamente distorcido. É uma experiência
muito importante - que não tem sido conduzida exaustivamente -, porque tende a
nos trazer, quando seja multiplicada em todo gênero de variação, a Curva do
Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas dos ruídos que o universo
introduz em todos os planos da pontescada científica (ruídos físico-químicos,
biológicos-p.2, psicológicos-p.3, informacionais-p.4, cosmológicos-p.5 e
dialógicos-p.6). Com quanta ferrugem derivada de oxidação devemos contar?
Quanta distorção devemos esperar na transmissão de mensagens? Como você sabe,
isso é importantíssimo na transferência de dados, necessitando da redundância
dos testes de fidelidade, o que causa sobrecarga do sistema, para reparar
erros.
Se soubéssemos QUAIS
palavras tendem a serem distorcidas, preferencialmente a outras, na
transmissão, poderíamos nos preparar melhor, repetindo as palavras (e só
aquelas) que tendem a serem confundidas. E, depois, é engraçado mesmo
introduzir uma frase e ver sair outra totalmente diferente, mas ainda coerente
(e às vezes não). Livros e livros podem ser feitos com isso, aumentando o
número de pessoas sentadas, e será sempre engraçado, divertido, curioso.
Vitória,
quarta-feira, 24 de dezembro de 2003.
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