Camilo Cola
Passei perto de um
bar e um homem estava falando alto que pagava mais imposto de renda que Camilo
Cola, proprietário do Grupo Itapemirim, que nasceu em Cachoeiro de Itapemirim,
Espírito Santo, e prosperou a partir de linhas de ônibus por todo o Brasil,
adquirindo outras companhias de transporte de passageiros e tornando-se um
conglomerado. É imenso e dizem que ele possui mais de um bilhão de dólares,
sendo um dos seres humanos mais ricos do país.
Tem 78 anos neste
2003 em que a Itapemirim completa 50 anos, com 23 empresas na Corporação
Itapemirim, que fatura 600 milhões de reais (agora 200 milhões de dólares) por
ano e cuja sede foi transferida para uma área de 76 mil m2 em São
Paulo. São dois mil ônibus, o dobro do número da segunda colocada. Começou, diz
a lenda, a trabalhar aos 11 anos e é tido como “bom pai”.
Bom, mas não paga
imposto de renda, com tudo isso. Os contadores das empresas dele e dos filhos
arranjam um modo de colocar nas brechas ou falhas da lei todo tipo de
permissão, de modo que tal fortuna não paga tanto imposto de renda quanto um
simples ocupante de cadeira de bar. Não é um vexame para o país? Será ele,
pessoalmente, ou as empresas, todas e cada uma?
Deveríamos saber.
Os pesquisadores
deveriam investigar se as empresas (micro, pequenas, médias, grandes e
gigantes) do Espírito Santo e do Brasil devolvem os tributos que recolhem ao
povo. Não apenas de Camilo Cola, como de todos. Quem devolve e quem embolsa?
Quem é socializante e quem é profundamente egoísta, anti-social? Quem está a
favor e quem está contra o coletivo de trabalho?
Os pesquisadores
estão dormindo. Pois existe essa gente que ofende a nacionalidade e o Estado
enquanto poder coletivo do povelite/nação ou cultura.
Interessa
sobremaneira ver quantos empresários são potenciais sonegadores, de modo que a
opinião pública force os técnicos da Receita Federal a investigar essa gente
que só toma e nada dá de volta a esta terra e a esta gente.
Vitória, sábado, 22
de novembro de 2003.
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