Até o Erro de
Computador é Humano
Uma definição do
Houaiss digital é: “juízo ou julgamento em desacordo com a realidade observada,
engano” e outra “qualidade daquilo que é inexato, incorreto”. Quando depende de
julgamento, é humano; e só seria inexato ou incorreto quando posto em contraste
com o metro de expectativas, que é humano.
Olhemos um
computador: é máquina a parte dura, hardware, e é programa a parte macia,
software; é um programáquina ou processobjeto que troca posições entre SIM e NÃO
ou entre 0 e 1 no sistema binário (de dois) com uma velocidade incrível para os
nossos padrões humanos, que giram em torno do segundo, conscientemente, embora
inconscientemente operemos a uma fração dele.
Quando miramos o
Conhecimento temos erros mágicos/artísticos, teológicos/religiosos,
filosóficos/ideológicos, científicos/técnicos (a Matemática, que não é
propriamente conhecimento, não erra nunca, já que é o pano de fundo da
construção de universos, porém os matemáticos sim). Na pontescada científica,
operada pelos humanos, temos erros físicos/químicos, biológicos/p.2,
psicológicos/p.3, informacionais/p.4, cosmológicos/p.5 e dialógicos/p.6. Na
pontescada técnica acontecem erros de engenharia/X1, médicos/X2,
psiquiátricos/X3, cibernéticos/X4, astronômicos/X5 (erros astronômicos, por
vezes; são os maiores de todos) e discursivos/X6.
OS ERROS DO COMPUTADOR
·
Erros
de construção F/Q (só temos computadores físicos);
·
Erros
de construção B/p.2 (ainda não existem P/M biológicos)
·
Erros
de construção P/p.3 (estamos longe de ter destes), etc.
OS
ERROS F/Q
·
Erros
de máquina;
·
Erros
de programa.
Então, quando a máquina em si falha
temos erro de construção, que só pode ser humano, porque máquinas não constroem
outras máquinas, exceto por instrução humana; nem muito menos o fariam os
animais. E quando é falha de programa mais ainda, pois programas, mais que
tudo, dependem de uma psicologia por trás deles. Daí NUNCA haver “erro de
computador” – é sempre erro humano. Como diz o povo, HERRAR é UMANO.
Vitória, sábado, 03
de janeiro de 2004.
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