segunda-feira, 24 de abril de 2017


Até o Erro de Computador é Humano

 

                            Uma definição do Houaiss digital é: “juízo ou julgamento em desacordo com a realidade observada, engano” e outra “qualidade daquilo que é inexato, incorreto”. Quando depende de julgamento, é humano; e só seria inexato ou incorreto quando posto em contraste com o metro de expectativas, que é humano.

                            Olhemos um computador: é máquina a parte dura, hardware, e é programa a parte macia, software; é um programáquina ou processobjeto que troca posições entre SIM e NÃO ou entre 0 e 1 no sistema binário (de dois) com uma velocidade incrível para os nossos padrões humanos, que giram em torno do segundo, conscientemente, embora inconscientemente operemos a uma fração dele.

                            Quando miramos o Conhecimento temos erros mágicos/artísticos, teológicos/religiosos, filosóficos/ideológicos, científicos/técnicos (a Matemática, que não é propriamente conhecimento, não erra nunca, já que é o pano de fundo da construção de universos, porém os matemáticos sim). Na pontescada científica, operada pelos humanos, temos erros físicos/químicos, biológicos/p.2, psicológicos/p.3, informacionais/p.4, cosmológicos/p.5 e dialógicos/p.6. Na pontescada técnica acontecem erros de engenharia/X1, médicos/X2, psiquiátricos/X3, cibernéticos/X4, astronômicos/X5 (erros astronômicos, por vezes; são os maiores de todos) e discursivos/X6.

                            OS ERROS DO COMPUTADOR

·        Erros de construção F/Q (só temos computadores físicos);

·        Erros de construção B/p.2 (ainda não existem P/M biológicos)

·        Erros de construção P/p.3 (estamos longe de ter destes), etc.

OS ERROS F/Q

·        Erros de máquina;

·        Erros de programa.

Então, quando a máquina em si falha temos erro de construção, que só pode ser humano, porque máquinas não constroem outras máquinas, exceto por instrução humana; nem muito menos o fariam os animais. E quando é falha de programa mais ainda, pois programas, mais que tudo, dependem de uma psicologia por trás deles. Daí NUNCA haver “erro de computador” – é sempre erro humano. Como diz o povo, HERRAR é UMANO.
Vitória, sábado, 03 de janeiro de 2004.

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