Reconfiguração do
Sistema Solar
No que denominei
“toróide da vida” (ele é muito mais largo que o diâmetro da Terra, de 12,7 mil
km), permitiria pensar desde logo: provavelmente vale milhões de quilômetros ou
até centenas de milhões de quilômetros.
Independente de
tudo, parece que a Lua impede que muitos meteoritos, asteróides e cometas nos
atinjam e fiquem intermitentemente interrompendo o progresso da Vida geral. Vez
ou outra, um passa pela barreira e deve-se recomeçar de mais cedo ou mais
tarde, conforme comentarei noutro artigo deste livro.
Sendo Mercúrio
(diâmetro de 4.880 km) mais ou menos como a Lua (diâmetro de 3.480 km, 71 %
daquele) e Vênus (d = 12.100 km) mais ou menos com o a Terra (d = 12.800 km),
podemos pensar em deslocar Mercúrio para próximo de Vênus, para que ele lhe
sirva também de barreira. Mercúrio dista do Sol 57,9 milhões de km, enquanto Vênus
está a 108,0 milhões de km, menos do que o dobro. Que força portentosa seria
capaz de tal proeza é inconcebível desenharmos agora, mas creio que em quinhentos
anos estaremos aptos. Para “terraformar” as nuvens muito densas de Vênus deveríamos
derrubá-las e para tal seria necessário jogar no solo um punhado de meteoritos
para catalisar os líquidos, precipitando-os com a poeira que subirá, fazendo
chover continuamente e criando lagoas, mares e oceanos. Depois programar uma
ecologia adequada, tudo isso leva tempo.
Do lado de Marte (d
= 6.790 km) seria mais complicado, dado que este não possui muitos gases, seria
o caso ainda de juntá-los, tomando milhares de cometas, asteróides e
planetóides e fazendo-os cair continuamente sobre ele, depois trazendo uma ou
duas luas de Júpiter, que tem algumas bem grandes. Fobos e Deimos, asteróides,
falsas luas de Marte, deveriam logo ser jogados no solo marciano. Depois viriam
milhares de asteróides do Cinturão de Asteróides, entre Marte e Júpiter, e por
últimos seria necessário ir ao Cinturão de Kuipper capturar cometas, sem falar
em vencer as distâncias entre Marte e Júpiter para tomar de Marte aquelas luas
(não fariam a mínima falta)
Não pense pequeno ou
então você terá sempre uma alma pequena, como disse Fernando Pessoa, grande
poeta português (ele disse: “tudo é grande quando a alma não é pequena”). Pois
bem, creio que em 500 anos a humanidade já estará prateorizando arquiengenharia
planetária, e logo depois solar.
Vitória, sábado, 23
de agosto de 2003.
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