quinta-feira, 9 de março de 2017


Reconfiguração do Sistema Solar

 

                            No que denominei “toróide da vida” (ele é muito mais largo que o diâmetro da Terra, de 12,7 mil km), permitiria pensar desde logo: provavelmente vale milhões de quilômetros ou até centenas de milhões de quilômetros.

                            Independente de tudo, parece que a Lua impede que muitos meteoritos, asteróides e cometas nos atinjam e fiquem intermitentemente interrompendo o progresso da Vida geral. Vez ou outra, um passa pela barreira e deve-se recomeçar de mais cedo ou mais tarde, conforme comentarei noutro artigo deste livro.

                            Sendo Mercúrio (diâmetro de 4.880 km) mais ou menos como a Lua (diâmetro de 3.480 km, 71 % daquele) e Vênus (d = 12.100 km) mais ou menos com o a Terra (d = 12.800 km), podemos pensar em deslocar Mercúrio para próximo de Vênus, para que ele lhe sirva também de barreira. Mercúrio dista do Sol 57,9 milhões de km, enquanto Vênus está a 108,0 milhões de km, menos do que o dobro. Que força portentosa seria capaz de tal proeza é inconcebível desenharmos agora, mas creio que em quinhentos anos estaremos aptos. Para “terraformar” as nuvens muito densas de Vênus deveríamos derrubá-las e para tal seria necessário jogar no solo um punhado de meteoritos para catalisar os líquidos, precipitando-os com a poeira que subirá, fazendo chover continuamente e criando lagoas, mares e oceanos. Depois programar uma ecologia adequada, tudo isso leva tempo.

                            Do lado de Marte (d = 6.790 km) seria mais complicado, dado que este não possui muitos gases, seria o caso ainda de juntá-los, tomando milhares de cometas, asteróides e planetóides e fazendo-os cair continuamente sobre ele, depois trazendo uma ou duas luas de Júpiter, que tem algumas bem grandes. Fobos e Deimos, asteróides, falsas luas de Marte, deveriam logo ser jogados no solo marciano. Depois viriam milhares de asteróides do Cinturão de Asteróides, entre Marte e Júpiter, e por últimos seria necessário ir ao Cinturão de Kuipper capturar cometas, sem falar em vencer as distâncias entre Marte e Júpiter para tomar de Marte aquelas luas (não fariam a mínima falta)

                            Não pense pequeno ou então você terá sempre uma alma pequena, como disse Fernando Pessoa, grande poeta português (ele disse: “tudo é grande quando a alma não é pequena”). Pois bem, creio que em 500 anos a humanidade já estará prateorizando arquiengenharia planetária, e logo depois solar.

                            Vitória, sábado, 23 de agosto de 2003.

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