quinta-feira, 9 de março de 2017


Terapia Celestial

 

                            Vi um filme alemão com esse nome no canal 38, Multipremier, onde mãe e filha trocam misteriosamente suas mentes de corpo (através de um raio que atinge o carro em que estão), o que vai servir no enredo para ensinar a ambas a respeitar os valores alheios.

                            Evidentemente isso não é possível no real, mas escolas psicológicas poderiam perfeitamente estimular pessoas que brigam na convivência diária a trocar as posições relativas, pelo menos fazendo o máximo de esforço para isso: velhos e novos, mulheres e homens, pais e mães e filhos e filhas, maridos e esposas, perseguidos e perseguidores, professores e alunos, empresários e trabalhadores, brancos e negros, compradores e vendedores, governantes e empresários, atendentes e compradores, artistas e espectadores, policiais e bandidos, e tantas outras polarizações.

                            Claro que as pessoas não sabem fazer isso espontaneamente e em geral não têm tempo de desenvolver os mecanismos psicológicos de transferência, pelo quê necessitam dos atores e das escolas, bem como de orientadores, psicólogos que possam conduzir os dois elementos que vão trocar espelharmente de posição, de modo a fazerem a troca com o máximo de coerência e proveito mútuo. As pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) devemos aprender a ver o ridículo em que muitas vezes caímos. Com ajuda profissional tudo será muito mais proveitoso, especialmente se for filmado e editado, para servir a mais gente, enquanto processo contínuo de aprendizado. Exatamente por se sentirem um pouco ridículas é que as pessoas aprenderão a respeitar mais os outros.

                            Vitória, domingo, 03 de agosto de 2003.

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