quarta-feira, 22 de março de 2017


Índice de Complexidade e a Questão Psicológica

 

                            Para indicar a complexidade de uma casa comecei a investigar quais as chances de paredes, janelas, pisos ficarem ao acaso nas posições em que aparecem, mas essa busca é demorada e eu não poderia, escrevendo sobre tantos assuntos interessantes, prosseguir, porque isso demandaria fazer um primeiro cálculo para a parede e depois para os outros objetos todos, separadamente, multiplicando os eventos até obter um índice geral para a casa. Assim deveria ser feito para todas as “n” casas, catalogando cada uma delas, o que depende de uma quantidade incrível de serviço metódico e pausado, o que não posso fazer.

                            Depois isso deveria ser feito PARA CADA OBJETO.

                            Com o tempo as pessoas se tornariam cada vez mais capazes desse levantamento e cada vez mais rápidas em estabelecê-lo, a ponto de mais adiante temos programáquinas (programas-máquinas) facilitadores que dariam tremendo impulso à atividade.

                            Passados os anos iríamos tendo índices ou apontamentos ou indicadores para milhares de objetos, como se fosse um Projeto Genoma dos objetos (que são, como eu já disse, psicológicos, indicadores de racionalidades, daí partindo meu interesse central). Quão complexo é um avião, por comparação com um navio? Como podemos obter um CATÁLOGO GERAL das complexidades? Já se disse que o módulo computacional de uma nave espacial tem tanta complexidade quando um mosquito (o que não é pouco – a Natureza precisou de bilhões de anos para chegar ao mosquito, ao passo que a humanidade chegou às espaçonaves em apenas 10 mil anos).

                            Você pode perceber instantaneamente que isso tem utilidade em definir, ao final, os índices de complexidade das civilizações de primeiro a quarto mundos, dos AMBIENTES (mundo, nações, estados, municípios/cidades) e das PESSOAS (empresas, grupos, famílias e indivíduos, por suas tarefas correlativas). Teremos doravante não mais relativismos culturais ou sociais ou civilizatórios, mas indicadores absolutos, e daí derivarão vários instrumentos (isso é menos fácil de ver) para mensurar em que patamar de perigo socioeconômico estão os conjuntos.

                            Evidentemente é uma questão essencial, de fundamental importância, porque poderemos ver quem está mais elevado na metaconstrução, ou seja, quem está no degrau mais alto, por enquanto, e quem ameaça chegar mais acima, ou está descendo. Isso será maravilhoso para as definições psicológicas.

                            Vitória, segunda-feira, 06 de outubro de 2003.

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