quinta-feira, 23 de março de 2017


A Forma dos Queijos

 

                            Nas idéias (4,65 mil) há várias delas que exploram o assunto dos queijos, mas uma diz respeito a fôrmas novas para eles. O fato é que os queijos vêm sempre naquelas formas antigas, em geral redondas, como círculos e outras, cuja ortodoxia foi firmada na origem pela dificuldade de fazer moldes diferentes. Agora podemos moldar qualquer coisa em plástico, em poliuretano, em acrílico, em fibra de vidro, em borracha e outros materiais, mas as coisas seguem sendo igual. A inércia mental é grande e dificilmente essa arcana indústria muda.

                            Podemos fazê-los geométricos no plano, inclusive figuras regulares (círculos, losangos, quadrados, retângulos, eneângulos, etc.), ou preparar fôrmas irregulares para atrair as crianças e colocar novidades nas mesas. Podemos prepará-los como figuras geométricas espaciais, regulares (esferas, elipsóides, cubos, paralelepípedos, estrelas, etc.) ou não. Podemos fazer roscas, tranças, imitação de rostos e de objetos.

                            Mas não, eles continuam gostosos e chatíssimos.

                            Mesmo a França, que possui centenas de tipos de queijos, continua a fazê-los sempre do mesmo modo após centenas de anos. Seria preciso criar toda uma escola de desenho de fôrmas para queijos, vendendo-as para todo o mundo, conforme as culturas, mais ou menos sofisticadas. Há aí um poço potencial de riqueza. E há ainda os embrulhos, a propaganda que é a alma do negócio tornando-se muito versátil, cheia de brilhos e cores. Sem falar que o conceito em si de queijo pode mudar (mas disso não falarei agoraqui) através das misturas.

                            Enfim, a riqueza que pode vir disso é imensurável. Quando se julgava que estava acabada toda mudança é que virá mesmo uma quantidade inacreditável delas.

                            Vitória, sábado, 11 de outubro de 2003.

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