A Forma dos Queijos
Nas idéias (4,65
mil) há várias delas que exploram o assunto dos queijos, mas uma diz respeito a
fôrmas novas para eles. O fato é que os queijos vêm sempre naquelas formas
antigas, em geral redondas, como círculos e outras, cuja ortodoxia foi firmada
na origem pela dificuldade de fazer moldes diferentes. Agora podemos moldar
qualquer coisa em plástico, em poliuretano, em acrílico, em fibra de vidro, em
borracha e outros materiais, mas as coisas seguem sendo igual. A inércia mental
é grande e dificilmente essa arcana indústria muda.
Podemos fazê-los
geométricos no plano, inclusive figuras regulares (círculos, losangos,
quadrados, retângulos, eneângulos, etc.), ou preparar fôrmas irregulares para
atrair as crianças e colocar novidades nas mesas. Podemos prepará-los como
figuras geométricas espaciais, regulares (esferas, elipsóides, cubos,
paralelepípedos, estrelas, etc.) ou não. Podemos fazer roscas, tranças,
imitação de rostos e de objetos.
Mas não, eles
continuam gostosos e chatíssimos.
Mesmo a França, que
possui centenas de tipos de queijos, continua a fazê-los sempre do mesmo modo
após centenas de anos. Seria preciso criar toda uma escola de desenho de fôrmas
para queijos, vendendo-as para todo o mundo, conforme as culturas, mais ou
menos sofisticadas. Há aí um poço potencial de riqueza. E há ainda os
embrulhos, a propaganda que é a alma do negócio tornando-se muito versátil,
cheia de brilhos e cores. Sem falar que o conceito em si de queijo pode mudar
(mas disso não falarei agoraqui) através das misturas.
Enfim, a riqueza que
pode vir disso é imensurável. Quando se julgava que estava acabada toda mudança
é que virá mesmo uma quantidade inacreditável delas.
Vitória, sábado, 11
de outubro de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário