quinta-feira, 23 de março de 2017


A Busca da África

 

                            A África negra atual está destroçada e o destino da África árabe não será bom (veja no Livro 1 o artigo O Horizonte de 2040), a menos de correção de rumos, que não está sendo anunciada, de modo que o quê haveria mesmo a buscar?

                            OS TRÊS CENÁRIOS GERAIS DA ÁFRICA

·        África do passado;

·        África do presente (dividida em três, portanto reunível segundo três interesses: África árabe, ao norte, África negra, no centro, e África do Sul);

·        África do futuro.

A ÁFRICA DO PRESENTE

·        53 países;

·        PIB CONTINENTAL (trilhões/% - total 1999 = 30,3 US$ trilhões)

1.       América                         11,8/39 %

2.      Europa                           9,8/32 %

3.      Ásia                                 7,7/25 % somando 29,3/96,7 %

4.     África                             0,5/ 2 %

5.      Oceania                         0,5/ 2 %

6.     Antártica                       0,0/ 0 %

·        ÁREA CONTINENTAL (milhões de km2 em 150,2 milhões de km2 de terras emersas; percentual da fonte, Almanaque Abril 2002 Mundo)

1.       Ásia                                 44,4/29,5 %

2.      América                         42,6/28,5 %

3.      África                             30,3/20,0 %

4.     Antártica                       14,1/9,5 %

5.      Europa                           10,3/7,0 %

6.     Oceania                         8,5/5,5 %

·        POPULAÇÃO CONTINENTAL (milhões de habitantes, 2001) – total de 6.118,5 milhões, quase 6,4 bilhões.

1.       Ásia                                3.694,7/60,4 %

2.      América                            838,1/13,7 %

3.      África                                811,4/13,3 %

4.     Europa                              743,9/12,2 %

5.      Oceania                             30,4/0,5 %

6.     Antártica                             0,0/0,0 %

·        PIB PERCAPITA (milhares de US$ 1999), Oceania = 100

1.       Oceania                         15,8/100,0

2.      América                         14,5/ 91,2

3.      Europa                           13,2/ 83,5

4.     Ásia                                 2,1/13,3

5.      África                             0,7/4,4

6.     Antártica                       0,0/0,0

E nós deveríamos ver ainda vários índices, como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano, da ONU), a governabilidade, as dívidas, o analfabetismo, uma porção deles – sistematicamente a África estaria para trás. O que aconteceu foi que as lideranças e elites africanas, por milhares de anos, deixaram-se ficar no conforto e não lutaram por seus povos. A região não produziu nenhum iluminado (Jesus, Moisés, Abraão e Maomé no Oriente Médio; Buda, Vardamana e Gandhi na Índia; Confúcio e Lao Tse na China; Pitágoras na Grécia; Clarice Lispector no Brasil) e nenhum conhecimento de monta fora do Egito, que foi aproveitado e reconvertido pela Grécia e foi absorvido pelos europeus. Não fosse o surgimento ali de nossos antepassados, a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y, em locais e tempos próximos, fundindo depois suas manchas genéticas, o continente abaixo do Egito teria sido totalmente desprezível. Agora destruída, é preciso que o mundo se concentre em sua recuperação, como está posto no artigo deste Livro 45, Congresso Mundial Africano.

Cadê que os estudiosos negros e mestiços deram algum de seu tempo à essa busca ou pesquisa & desenvolvimento teórico & prático da África? Não deram, apesar do blá-blá-blá da presumida urgência da libertação; trabalhar, mesmo, que é bom, ninguém trabalhou, só ficaram no falatório. Agora é preciso que os brancos-europeus e os amarelos asiáticos se unam para administrar o chamado Continente Negro.

É fundamental que os pesquisadores se unam para propor uma solução condigna para a África, primeiro buscando entendê-la, vê-la, senti-la em sua totalidade absoluta.

Vitória, terça-feira, 14 de outubro de 2003.

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