O T e os Pares
No mesmo livro de
Cooper (original de 1972, o que mostra que os americanos tiveram 30 anos para
adiantar-se, pelo texto dele), p. 3, ele diz: “(...) uma vez que Tao é o
mistério derradeiro, ‘aquele diante do qual as palavras retrocedem’; o que
transcende todas as definições e contingências humanas e todo o pensamento
limitado”.
Não é tão difícil
assim, basta prestar atenção que o T mostra numa ponta um elemento e na outra
seu oposto-complementar, ou seja, ele nos fala de um par polar e de sua solução
central. Não é, de modo algum, inexprimível. O diagrama do YIN/YANG, com os
dois elementos do par se perseguindo mutuamente, deixa oculto o centro em volta
do qual giram, que é mais importante de tudo, é a definição do encontro dos
raios em diâmetros que se solucionam no absoluto ou centro, o que explica todas
as oposições em círculo ou em esfera.
O T, por si mesmo,
menos para quem não sabe ler, mostra a solução, o centro, o governador das
oposições. Podemos também ler “uma vez que Tao é o mistério derradeiro” como
UMA VEZ QUE T É O MODELO TODO, entre outras traduções da Rede Cognata. Depois
que se chegou à solução não há dificuldade alguma.
E Cooper havia dito
mais acima: “Este é precisamente o problema com o qual se depara quem começa a escrever
sobre o Taoísmo. Realizar tal tarefa seria o mesmo que tentar exprimir o inexprimível, de ‘perscrutar
o imperscrutável’, (...)”, negrito e colorido meus.
De modo algum é
inexprimível, pode ser expresso, eu o fiz, tanto quanto você poderia fazê-lo a
qualquer momento; nem é imperscrutável, pode ser facilmente explorado, depois
que se decifra a ordem das coisas.
Veja o T ou
equilíbrio dos pares em volta do centro como a potência conexa de todas as
tensões que se estabelecem ou a conservação dos números todos (digamos, a
conservação da energia), com leve quebra de paridade ou simetria, que é reposta
pelo contrário/complementar. De fato, o T e os pares constituem um modelo ou
estudo do universo, o próprio Plano da Criação ou Desenho de Mundo, como preferi
chamar.
É isso.
Vitória, sábado, 31
de maio de 2003.
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