sábado, 18 de fevereiro de 2017


Números do Corpo

 

                            Chamei de tecnartes do corpo (DA VISÃO: prosa, poesia, pintura, desenho, fotografia, moda, dança, etc. DO PALADAR: comidas, bebidas, temperos, pastas, etc. DO OLFATO: perfumaria, etc. DA AUDIÇÃO: músicas, discursos, etc. DO TATO: cinema, teatro, tapeçaria, esculturação, paisagismo/jardinagem, arquiengenharia, decoração, urbanismo etc. – são 22 as até agoraqui identificadas).

                            Ora, no modelo compreendi que tudo deve vir em grupos de quatro campartículas verdadeiras, duas campartículas montadoras e um centro, a campartícula fundamental, o tom fundamental, como se diria na Música. E CADA GRUPO de quatro deve ser compatível ou equiparável com todos os demais, no que chamaríamos de EQUIPARABILIDADE NUMÉRICA, a condição prateórica (a teoria PENSANDO e explicando a prática) de os números serem equipotenciais em seus próprios espectros de adequação, isto é, de resposta reflexa do real.

                            Veja assim: os números (as ondas verdadeiras do quadrângulo) do SOM (vetor da audição) devem ser equiprováveis equiparados da Química, seja através do vetor do gosto (percebido em nós pela língua) seja através do vetor do cheiro (abrangido em nós pelas narinas), como já falei de outro modo. Ou, por outra, sons, gostos, cheiros devem ser expressos por números que podem ser comparados e vertidos uns nos outros. Como obter tais NÚMEROS DO CORPOMENTE, ou números dos sentidinterpretadores (sentidos externos, interpretadores internos)? Como equipará-los? Como pareá-los? Como construir “n” retas paralelas não somente para os S/I humanos como PARA TUDO? Evidentemente isso muda tudo na Arte e na Magia, bem como na relação que temos com elas, a partir dos demais vértices (Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), como supervetores civilizatórios.

                            A pergunta fica sendo: como é que, estabelecendo essas regras de pareação, podemos usar o novo potencial de construção para efetivamente potencializar as tecnartes operativas DE CIVILIZAÇÃO? Assim: como podemos usar esse conhecimento novo nas T/A, essa equiparação de números, para melhorar a habitabilidade, que é pergunta teórica, e a habitação, o ato de habitar (casas, empresas, escritórios governamentais)? Como podemos extrair melhor prática da TEORIA DE NÚMEROS DOS SENTIDINTERPRETADORES CORPOMENTAIS HUMANOS? Como verter os números em práticas construtivas humanas tanto das elites, que serão sempre mais rápidas na absorção, como principalmente do povo, condição de manutenção?

                            Pois devemos transformar isso em costumes populares.

                            Não pode haver demora tão grande na transferência PORQUE há pressa, há urgência, há necessidade de mudança instantânea, não se pode esperar por séculos. O esforço neste sentido deve ser bastante grande por parte dos transferidores, em primeiro lugar os programadores dos professores, os pedagogos, e dos professores mesmo, partícipes de interface do processobjeto de ensinaprendizado.

                            Pois Marx já tinha dito de outro modo: não se trata mais de falar, apenas, mas de transformar a fala em operação popular, que leve ao povo as benesses das civilizações das elites.

                            Vitória, quarta-feira, 21 de maio de 2003.

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