Esse Superpoder
Americano
Quando houve em 2001
a crise de energia o Brasil anunciou a construção de 1.250 usinas novas, pelo
menos enquanto declaração, como se sabe sem compromisso algum, é apenas
propaganda, em nosso caso; os EUA falaram na construção de CINQUENTA MIL
processadores ou montadores novos de energia, média de mil para cada estado de
lá, é o que miravam.
Veja que os EUA
tinham 285,9 milhões de habitantes em 2001, quando o Brasil estava com 169,6
milhões em 2000, proporção de 1,7/1; para uma renda lá de 9,15 trilhões de
dólares em 1999, enquanto a do Brasil chegava (nominalmente, na realidade é
muito mais, contemos o dobro) a menos de 600 bilhões, 1/15 daquela. Assim,
multiplicando os dois índices, teríamos 15x1,7 = 26, aproximadamente, mas 50.000/1.250
= 40, de modo que 40/26 é igual a mais de 50 % a mais. Contudo, se contarmos o
dobro de renda, a quantidade brasileira seria proporcionalmente maior.
Em termos
proporcionais o esforço brasileiro, se cumprido efetivamente, teria sido maior.
Entrementes, em termos absolutos PENSE no que é construir CINQUENTA MIL usinas
de todos os tipos e estilos: ainda sobram 48,75 mil em relação ao Brasil. Isso
é qualquer coisa incompreensível. Não houve, evidentemente, nenhum poder como o
americano no mundo.
Acontece que não
avaliamos mesmo esse poder terminalmente. É como o infinito ou números muitos
grandes, que somos incapazes de visualizar. Falta essa avaliação, falta essa
configuração real, bem-feita, por um grupo de acadêmicos competentes, que
mostre o distanciamento que os EUA (NAFTA) e a Europa dos 15 estão conseguindo
em relação a todo o resto do mundo, inclusive Japão, menos a China, que
prospera rapidamente, a ponto de ultrapassar em muito os dois trilhões de
dólares agora.
Falta isso.
E faltar isso já é
faltar muito. É denúncia grave de incompetência.
Vitória,
segunda-feira, 02 de junho de 2003.
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