quinta-feira, 22 de dezembro de 2016


Naves Fotográficas

 

                            A NASA (Agência Norte-Americana de Aeronáutica e Espaço, na sigla decaída brasileira ANAE, que vigorou na década dos 1960 e parte dos 1970), as agências européias, a russa (antes a soviética), a japonesa, a chinesa, a hindu, a brasileira, só pensam no espaço circunvizinho do Sol, no Sistema Solar, só o ponto de vista da ordem, quer dizer, sob a ótica da prospecção ordenada.

                            Então, enviam custosas naves únicas, dirigidas desde a Terra, quando uma só delas poderia levar centenas e até milhares de naves fotográficas, quer dizer, que fossem pouco mais que uma máquina ou uma câmara fotográfica, para fazer fotos ou filmes, mais um receptor e um transmissor, quer dizer, uma antena e um rádio, mesmo pouco potente (com os imensos telescópios de base larga agora é possível ouvir um rádio à pilha em Plutão).

                            Tais aparelhos minúsculos quase nenhuma energia necessitariam, sem falar que o pouco que precisassem poderia ser obtido com velas solares, para irem a qualquer parte, por meio de pequenos processadores muito miniaturizados.

                            Um avião grande pode levar 100 toneladas (cada nave pesando 10 kg, seriam 10 mil de cada vez) até 20 ou 30 quilômetros de altura, dali disparando as câmaras eletromagneticamente por impulsor ao espaço livre do campo gravitacional terrestre, onde as NF (naves fotográficas) seriam soltas caoticamente em todas as direções e sentidos. Quando colidissem com os planetas tanto melhor, pois enquanto caíssem iriam tirando fotos. Dotadas de radares miniaturizados também, poderiam ser enviadas com IA (Inteligência Artificial – é falsa inteligência, mas serve, teleguiada desde a Terra) ao Cinturão de Asteróides, aos satélites, a cada pontinho do SS, seguidamente e aos milhares, literalmente.

                            Em uma ou duas décadas o SS todo estaria mapeado à exaustão, segundo o ritmo do caos, fora das preferências humanas, com as surpresas esperadas. Do jeito que vamos tudo é exasperantemente lento. E tudo isso porque se fixaram só num dos pólos opostos/complementares.

                            Vitória, sexta-feira, 09 de agosto de 2002.

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