Matemática Modelada
Quando eu estudava
em 1971 o terceiro ano do segundo grau no Colégio Salesiano, junto com o
pré-vestibular, moramos durante um tempo numa pensão em Jucutuquara, Vitória,
vários rapazes, o Celso tendo passado para engenharia. Eu ficava admiradíssimo
com os avanços de fazer gráficos “complicadíssimos” em papel milimetrado, que o
professor Árabe (depois fui conhecê-lo; faleceu) exigia.
Em 1974 comprei um
“tijolão”, uma máquina de calcular que fazia raiz quadrada “direto”, o que
encantava a todos. Agora existem máquinas maravilhosas, uma de US$ 900 dólares
da TI, Texas Instruments, que pretendo comprar logo que tenha dinheiro. Tenho
comprado máquinas durante os últimos 27 anos, acho-as maravilhosas. Mas não
tenho usado, em virtude dos caminhos que minha vida tomou.
Naturalmente, mesmo
agora, é muito difícil fazer os gráficos, porque é preciso introduzir os
pequenos programas na máquina, o que é chato demais, e depois as variáveis,
etc. As telas são pequenas e não existem acessíveis programas para computador.
O ideal seria, como
no filme de Steve Spielberg (com Tom Cruise), A Nova Lei (Minority
Report; numa tradução a partir das palavras, um sistema de informações sobre as
minorias, um novo padrão de controle – acho que foi isso que o SS quis passar),
e na heptologia de Isaac Asimov, Fundação , observação direta das equações em três dimensões, com uso de
holografia, gravação total, espacial, vendo-se os objetos em plena
transformação.
Daí, podemos pensar
nisso que denominei Matemática Modelada, com os novos recursos de computação
gráfica. Juntando as imagens aos conceitos, as formas às estruturas, as
superfícies às concepções, poderíamos visualizar as mutações automaticamente,
introduzindo apenas as equações, via teclado ou voz.
Para os estudantes
seria fantástico, como método de aprendizado, uma nova pedagogia em PAL/I,
palavrimagem, juntando os pólos. Para os professores uma “mão na roda”, um
“adianto”, como diz o povo. Para os pesquisadores a chance de dar saltos com
maior constância e de visualizar a consistência dos grupos de equações.
Programas para todas
as áreas de Matemática, de toda a geo-algébrica, para todos os tipos de
problemas (como já adiantei noutra parte). Naturalmente só os bobos não sabem
que a Matemática é essencial para o avanço de uma nação, e que só as nações que
investem pesado nela dão saltos em questões gerais, em especial de
produçãorganização.
Alguém fará, não sei
se o Brasil e o ES, mas em todo caso seria o modo de estes conjuntos darem seu
salto rumo ao primeiro mundo.
Vitória, domingo, 18
de agosto de 2002.
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