quinta-feira, 22 de dezembro de 2016


Matemática Modelada

 

                            Quando eu estudava em 1971 o terceiro ano do segundo grau no Colégio Salesiano, junto com o pré-vestibular, moramos durante um tempo numa pensão em Jucutuquara, Vitória, vários rapazes, o Celso tendo passado para engenharia. Eu ficava admiradíssimo com os avanços de fazer gráficos “complicadíssimos” em papel milimetrado, que o professor Árabe (depois fui conhecê-lo; faleceu) exigia.

                            Em 1974 comprei um “tijolão”, uma máquina de calcular que fazia raiz quadrada “direto”, o que encantava a todos. Agora existem máquinas maravilhosas, uma de US$ 900 dólares da TI, Texas Instruments, que pretendo comprar logo que tenha dinheiro. Tenho comprado máquinas durante os últimos 27 anos, acho-as maravilhosas. Mas não tenho usado, em virtude dos caminhos que minha vida tomou.

                            Naturalmente, mesmo agora, é muito difícil fazer os gráficos, porque é preciso introduzir os pequenos programas na máquina, o que é chato demais, e depois as variáveis, etc. As telas são pequenas e não existem acessíveis programas para computador.

                            O ideal seria, como no filme de Steve Spielberg (com Tom Cruise), A Nova Lei (Minority Report; numa tradução a partir das palavras, um sistema de informações sobre as minorias, um novo padrão de controle – acho que foi isso que o SS quis passar), e na heptologia de Isaac Asimov, Fundação      , observação direta das equações em três dimensões, com uso de holografia, gravação total, espacial, vendo-se os objetos em plena transformação.

                            Daí, podemos pensar nisso que denominei Matemática Modelada, com os novos recursos de computação gráfica. Juntando as imagens aos conceitos, as formas às estruturas, as superfícies às concepções, poderíamos visualizar as mutações automaticamente, introduzindo apenas as equações, via teclado ou voz.

                            Para os estudantes seria fantástico, como método de aprendizado, uma nova pedagogia em PAL/I, palavrimagem, juntando os pólos. Para os professores uma “mão na roda”, um “adianto”, como diz o povo. Para os pesquisadores a chance de dar saltos com maior constância e de visualizar a consistência dos grupos de equações.

                            Programas para todas as áreas de Matemática, de toda a geo-algébrica, para todos os tipos de problemas (como já adiantei noutra parte). Naturalmente só os bobos não sabem que a Matemática é essencial para o avanço de uma nação, e que só as nações que investem pesado nela dão saltos em questões gerais, em especial de produçãorganização.

                            Alguém fará, não sei se o Brasil e o ES, mas em todo caso seria o modo de estes conjuntos darem seu salto rumo ao primeiro mundo.

                            Vitória, domingo, 18 de agosto de 2002.

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