Epistemologia da
Eficiência
Do outro lado de
estudar a EFICIÊNCIA DA EPISTEMOLOGIA, outro artigo deste Livro 6, devemos nos
voltar para a EPISTEMOLOGIA (geral, Epistemologia no modelo, e epistemologia na
Ciência) DA EFICIÊNCIA, isto é, estudar no Conhecimento geral e no conhecimento
particular da Ciência a eficiência.
O rendimento é só
parte da Eficiência geral.
Na Ciência podemos
perguntar pela eficiência em toda a pontescada, a saber: 1) eficiência na
Física/Química, 2) eficiência na Biologia/p.2, 3) eficiência na Psicologia/p.3,
4) eficiência na Informática/p.4, 5) eficiência na Cosmologia/p.5, 6)
eficiência na Dialógica/p.6.
No Conhecimento
podemos indagar da eficiência na Magia/Arte, na Teologia/Religião, na
Filosofia/Ideologia, na Ciência/Técnica e na Matemática. Podemos perguntar da
eficiência nas 6,5 mil profissões. E também das classes do labor: eficiência
operária, eficiência intelectual, eficiência financista, eficiência militar e
eficiência burocrática.
Podemos fazer a
pergunta crucial: somos eficientes?
Dois bilhões (1/3 da
humanidade) de famintos dizem que não. Desperdício da primeira natureza,
biológica/p.2, diz que não. O sobretrabalho uterino das mulheres, com tantas
crianças morrendo jovens, diz que não. Tantas embalagens sendo jogadas fora
como lixo ou rejeito dizem que não. Olhando a humanidade, todo o esbanjamento,
podemos taxativamente dizer que não.
De onde vem a
ineficiência?
Uma parte vem dos
acasos, do fortuito, da eventualidade inevitável, dos erros não-humanos, do imprevisível.
Da metade que sobra metade vem não do desleixo, mas dos erros honestos,
involuntários. Assim, devemos contar que 25 % sejam erros evitáveis, produtos
do descaso. São esses 25 % que miramos, sem falar que os 25 % de erros honestos
podem ser evitados pela vigilância alheia, do colega. Assim, podemos controlar
50 %.
Podemos também colocar-nos
de sobreaviso quanto àqueles 50 % restantes inevitáveis, de modo a prover
recursos em estoque para corrigir os danos.
Assim, com boa
vontade, como a que o Demming introduziu no Japão e daí no resto do mundo, o
controle da qualidade e da quantidade dos nossos atos pode nos proporcionar um
mundo muito melhor, sem qualquer forçamento, sem hipervigilância que levaria ao
contrário.
Podemos estudar a
eficiência, em termos de totalidade e de particularidade? Podemos visualizar,
focar a eficiência particular e a Eficiência geral? Podemos realizar estudos
comparados nos mundos (são quatro: de primeiro a quarto), nas nações, nos
estados, nos municípios/cidades, das empresas, dos grupos, das famílias e dos
indivíduos? Claro! Podemos e devemos.
Devemos a todas as
pessoas e a cada uma.
O estudo da
eficiência e da Eficiência é fundamental. Consiste em negar sossego a quem quer
que seja, pessoa ou ambiente, sob a ótica de que é melhor contestar a
tranqüilidade que sofrer os danos do desassossego, da agitação, do alvoroço
advindo da acumulação crescente dos erros, como este que vemos na Argentina,
resultado de anos de auto-enganos, autocongratulações, autofelicitações, o que
o povo brasileiro chama de “dormir no ponto”, quer dizer, perder o bonde das
oportunidades por ter cedido excessivamente aos prazeres da vida.
Vitória, domingo, 11
de agosto de 2002.
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