domingo, 25 de dezembro de 2016


Banco da ONU

 

                            Não há guerras entre estados brasileiros e muito menos entre cidades. Não há entre estas porque o estado se sobrepõe, evitando-as, e não há entre aqueles porque a nação não deixa. Do mesmo modo um pouco mais adiante entre os países, porque o mundo impedirá.

                            Evidentemente há muitas razões para construir um mundo unido, o que vai a ritmo bem lento. Aliás, eu não esperava ver em vida (seria onde, então?), mas várias nações estão se juntando em blocos cada vez maiores. Contudo, agora que está acontecendo estou achando lento demais. Quando não parecia haver chance ninguém ligava; entretanto desde quando passou a haver, quase todos querem maior pressa – menos alguns, que resistem (no que talvez estejam certos, talvez errados, talvez ambas as posições – a soma é zero).

                            Bom, para haver um órgão que comece a centralização, ele deve ser fortalecido, ter sua própria Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e principalmente bancos, coração do sistema), e um lugar seu, fora de Nova Iorque, onde está a sede atual. Transferi-la a um lugar neutro, conforme sugeri ao largo da África, onde o Equador se encontrasse com o meridiano de Greenwich (0,0,0,0 para X,Y,Z,T, longitude, latitude, altitude e tempo zero).

                            E aí o Banco da Onu, BONU (em português; em inglês seria BUN, Bank of United Nations), com representação em todos os países. Esses conflitos estão causando danos demais, excessivos, intoleráveis, pois quase todos os recursos devem ser usados para levar a humanidade para fora da Terra e à colonização de outros mundos.

                            A nova racionalidade e o novo sentimento se impõem.

                            E essa capital, assim como em Roma o Vaticano é a capital mundial da Igreja Católica. Sem um lugar seu, uma sede própria definida como tal territorialmente, sem uma língua sua (que pode ser o esperanto ou outra), sem finanças independentes, a ONU será sempre refém dos interesses dos grandes, não representando realmente os povos e as nações. A continuar como está estará fadada ao fracasso.

                            Vitória, quarta-feira, 21 de agosto de 2002.

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