domingo, 6 de novembro de 2016


Tirano Um ou Outro

 

Comprei na banca o livro 100 Tiranos, Rio de Janeiro, Ediouro, sem data (2016), sem autor: vai de Aquenáton a Samuel Doe. Não tem brasileiros, e do mundo lusófono só tem um, Antônio de Oliveira Salazar (1889-1970, 81 anos entre datas) que - pela abordagem, lista de matadores - nem deveria constar; é português, não é brasileiro.

Contudo, tem espanhóis e descendentes de civilização.

Claro que o Brasil tem apenas 500 anos, em face dos 3.300 do primeiro citado, Aquenáton; se fixassem apenas cinco séculos o cenário seria outro.

ESPANHÓIS E DESCENDENTES CULTURAIS (fui pela lista capitular, faça a busca definitiva, um por um)

1.        Tomás de Torquemada (grande inquisidor da Espanha);

2.       César Bórgia (cardeal espanhol);

3.      Francisco Pizarro (conquistador);

4.      Hernán Cortés (conquistador);

5.      Dr. José Gaspar Rodríguez Francia (ditador paraguaio);

6.      Agustín de Iturbide (ditador do México);

7.       Juan Manuel de Rosas (ditador da Argentina);

8.      Francisco Solano López (presidente do Paraguai);

9.      Antonio Guzmán Blanco (presidente da Venezuela);

10.   Porfirio Díaz (ditador do México);

11.     Juan Perón (presidente da Argentina);

12.    Rafael Trujillo (ditador da República Dominicana);

13.    Francisco Franco (ditador da Espanha);

14.   Anastasio Somoza García (ditador da Nicarágua);

15.    Fulgencio Batista Y Zaldívar (ditador de Cuba);

16.   Alfredo Stroessner (ditador do Paraguai);

17.    Augusto Pinochet (presidente do Chile);

18.   Fidel Castro (presidente de Cuba);

19.   Efraín Ríos Montt (ditador da Guatemala).

Veja só, 19 %, quase 1/5.

PSEUDO-SOCIALISTAS E PSEUDO-COMUNISTAS (esses mataram dezenas de milhões)

1.        Vladimir Ilyich Lenin (URSS, quatro milhões);

2.       Joseph Stálin (URSS, 43 milhões);

3.      Mao Tsé-Tung (China, 77 milhões);

4.      Enver Hoxha (Albânia);

5.      Kim Il-Sung (Coreia do Norte);

6.      Nicolae Ceausescu (Roménia);

7.       Fidel Castro (Cuba, 2,0 milhões de exilados, 500 mil prisioneiros, 100 mil mortos);

8.      Pol Pot (Camboja, de um a três milhões de mortos).

Brasileiros, nenhum mesmo.

Os ditadores militares (1964-1985) não tiveram altura para constar, mataram 300 (não trezentos mil, 300 mesmo), diferentemente da ditadura argentina. Se refizessem a lista para somente 500 anos, também não caberiam.

Como já comentei, a Igreja tem dificuldade de achar candidatos a santos no Brasil, pois não há grandes conflitos e assim não há oportunidade de mostrar grande coragem na oposição aos tiranos e ditadores, enquanto noutros países matam à vontade, largamente. Só o rei Leopoldo II da Bélgica foi responsável no Congo chamado “belga” (quando na realidade era propriedade pessoal dele, indivíduo que teve todo um país e matou sua gente) por 10 milhões de mortes.

Repare, nem um brasileiro.

Não é felicidade, isso?

E o português que entrou nem sei porque está lá, não tenho notícia de que tenha torturado ou matado à larga, nem à estreita.

Vitória, domingo, 6 de novembro de 2016.

GAVA.

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