Tirano
Um ou Outro
Comprei na banca o livro 100 Tiranos, Rio de
Janeiro, Ediouro, sem data (2016), sem autor: vai de Aquenáton a Samuel Doe. Não
tem brasileiros, e do mundo lusófono só tem um, Antônio de Oliveira Salazar
(1889-1970, 81 anos entre datas) que - pela abordagem, lista de matadores - nem
deveria constar; é português, não é brasileiro.
Contudo, tem espanhóis e descendentes de
civilização.
Claro que o Brasil tem apenas 500 anos, em
face dos 3.300 do primeiro citado, Aquenáton; se fixassem apenas cinco séculos
o cenário seria outro.
ESPANHÓIS E
DESCENDENTES CULTURAIS (fui pela lista capitular, faça a busca definitiva, um
por um)
1.
Tomás
de Torquemada (grande inquisidor da Espanha);
2. César Bórgia (cardeal
espanhol);
3. Francisco Pizarro
(conquistador);
4. Hernán Cortés
(conquistador);
5. Dr. José Gaspar Rodríguez
Francia (ditador paraguaio);
6. Agustín de Iturbide
(ditador do México);
7. Juan Manuel de Rosas
(ditador da Argentina);
8. Francisco Solano
López (presidente do Paraguai);
9. Antonio Guzmán Blanco
(presidente da Venezuela);
10. Porfirio Díaz
(ditador do México);
11. Juan Perón (presidente
da Argentina);
12. Rafael Trujillo
(ditador da República Dominicana);
13. Francisco Franco
(ditador da Espanha);
14. Anastasio Somoza
García (ditador da Nicarágua);
15. Fulgencio Batista Y
Zaldívar (ditador de Cuba);
16. Alfredo Stroessner
(ditador do Paraguai);
17. Augusto Pinochet
(presidente do Chile);
18. Fidel Castro
(presidente de Cuba);
19. Efraín Ríos Montt
(ditador da Guatemala).
Veja só, 19 %, quase 1/5.
PSEUDO-SOCIALISTAS E
PSEUDO-COMUNISTAS
(esses mataram dezenas de milhões)
1.
Vladimir
Ilyich Lenin (URSS, quatro milhões);
2. Joseph Stálin (URSS, 43
milhões);
3. Mao Tsé-Tung (China, 77
milhões);
4. Enver Hoxha (Albânia);
5. Kim Il-Sung (Coreia
do Norte);
6. Nicolae Ceausescu
(Roménia);
7. Fidel Castro (Cuba, 2,0
milhões de exilados, 500 mil prisioneiros, 100 mil mortos);
8. Pol Pot (Camboja, de
um a três milhões de mortos).
Brasileiros, nenhum mesmo.
Os ditadores militares (1964-1985) não
tiveram altura para constar, mataram 300 (não trezentos mil, 300 mesmo),
diferentemente da ditadura argentina. Se refizessem a lista para somente 500
anos, também não caberiam.
Como já comentei, a Igreja tem dificuldade de
achar candidatos a santos no Brasil, pois não há grandes conflitos e assim não
há oportunidade de mostrar grande coragem na oposição aos tiranos e ditadores,
enquanto noutros países matam à vontade, largamente. Só o rei Leopoldo II da
Bélgica foi responsável no Congo chamado “belga” (quando na realidade era propriedade
pessoal dele, indivíduo que teve todo um país e matou sua gente) por 10 milhões
de mortes.
Repare, nem um brasileiro.
Não é felicidade, isso?
E o português que entrou nem sei porque está
lá, não tenho notícia de que tenha torturado ou matado à larga, nem à estreita.
Vitória, domingo, 6 de novembro de 2016.
GAVA.
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