A Nobreza da Terra
O livro de
Marcelo Duarte, O Guia dos Curiosos, Brasil, São Paulo, Companhia das Letras,
1999, é muito bom, tem informações utilíssimas. Estas que leremos são das
páginas 77/8.
PÁGINA
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CITAÇÃO
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COMENTÁRIO
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77
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“Quando d.
João chegou ao Brasil em 1808, a população brasileira se compunha de 5
milhões de pessoas, dos quais 2 milhões eram brancos. Outros 2 milhões eram
negros e mulatos, enquanto se contava 1 milhão de índios”.
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Proporção
40/40/10.
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78
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“Enquanto
esteve no Brasil, d. João distribuiu 2630 títulos de cavaleiros, 1422 da
Ordem de São Bento de Assis e 500 da Ordem de Santiago”.
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Veja que
não são os títulos de nobreza. Somam 4.552.
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78
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“Para
formar o capital do Banco do Brasil, d. João se fartou de vender títulos de
nobreza a comerciantes, usineiros, fazendeiros e a quem tivesse dinheiro. Em
pouco mais de um ano, o Brasil já tinha mais condes, duques, barões e
marqueses que a corte portuguesa [que veio com 15 mil parasitas]. Havia
também títulos mais baratinhos, como o de comendador, de cavaleiro ou de
oficial".
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Veja
abaixo: “(...)D. João VI concedeu títulos a 4.000 cavaleiros e 28 marqueses, 8
condes, 16 viscondes e 21 barões, ou seja, 73 títulos de nobreza numa média
aproximada de 6 títulos por ano”. Total de 73 (não há nenhum duque porque na
ausência de príncipes tornam-se reis).
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Historianet
6) A Nobreza Brasileira e seus
primeiros titulares
Para conseguir renda, entre 1808 e 1821, D. João VI concedeu títulos a 4.000 cavaleiros e 28 marqueses, 8 condes, 16 viscondes e 21 barões, ou seja, 73 títulos de nobreza numa média aproximada de 6 títulos por ano. Destes, apenas quatro, (ou seja 5%), são brasileiros natos: Baronesa de São Salvador de Campos (17/12/1812), Barão de Sto. Amaro (6/2/1818), Barão de São João Marcos, (6/2/1818) e Barão de Goiânia 26/3/1821. Tal quantidade foi criticada por Pedro Calmon que satiriza esta prodigalidade: tornar-se conde em Portugal exigia 500 anos, no Brasil apenas 500 contos. O mesmo faz John Armitage em sua obra: História do Brasil, 3ª Edição, pg. 272: A Monarquia Portuguesa, fundada há 736 anos, tinha em 1803, época em que se haviam renovado títulos e criado outros recentemente, 16 marqueses, 26 condes, 8 viscondes, 4 barões. O Brasil, com oito anos de idade, como potência, encerra já no seu seio 28 marqueses, 8 condes, 16 viscondes, 21 barões. Progredindo as coisas do mesmo modo, teremos em 2551, que é quando nossa nobreza titular deve contar a mesma antiguidade que a de Portugal tinha em 1803, nada menos de 2.385 marqueses,710 condes, 1.420 viscondes, 1.863 barões. O erro desta nota do Armitage, é que o autor esqueceu de mencionar na sua crítica, que por lá, existiam 16 Marquesados. No Brasil, nossos 28 Marqueses, (ampliados depois, para 47), eram títulos de uma só vida, sem o direito da hereditariedade, enquanto que em Portugal, onde ainda se registravam títulos de nobreza, existiram até 1950, aproximadamente, um total de 45 marquesados e 189 Marqueses!!! |
Vamos somar
(4.552 + 73 =) e obter 4.625.
Veja que não
os atribuiriam aos negros e mulatos, nem aos índios, só aos brancos, dois
milhões. Se contarmos a proporção de 80/20 (80 % de miseráveis, pobres e
médios, todos não-proprietários, 20 % são os médio-altos e ricos), veremos que
também estariam excluídos os do grupo maior, 1,6 milhão; dos que sobrassem as
crianças seriam metade, ficariam 200 mil – tirando deles as mulheres, porque
naquele tempo não acumulavam fortuna necessária à compra do título, sobram 100
mil que divididos por 5,0 mil (para dar conta com zeros) nos apontariam que
(100/5 = 20/1) um em cada 20 homens recebeu algum título.
Visto que os
escravos faziam quase todos os trabalhos (fora as mulheres, que bordavam e os
homens que iam gerir as propriedades), essa NOBREZA DA TERRA (um em cada 20,
abarcando igual percentual de mulheres e famílias) era a mesma que hoje
continua sem querer trabalhar, só quer mandar, são os intragáveis 5 % de todos
nós, os terra-tenentes e os proprietários. Nos 200 (204) milhões, seriam 10
milhões de indivíduos (que detém quase tudo) ou 2,5 milhões de famílias.
Ainda
vivemos no Império.
Se de um
lado há escravos, do outro tem-se como nobres demais para trabalhar, não são
como os americanos e os europeus.
DA CLASSE TRABALHADORA
Filha do
presidente Obama.
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Filho de
David Beckham.
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Diário
Gaúcho.
A
filha mais velha do presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, conseguiu um estágio que é sonho das adolescentes
norte-americanas. Aos 17 anos, Malia Obama está trabalhando no set de filmagem
do seriado "Girls", da HBO.
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Global Media.
Brooklyn Beckham, o
filho mais velho de David e Victoria, começou a trabalhar no passado sábado
num café em Londres. Recebe 3,2 euros à hora.
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Serra,
quarta-feira, 07 de outubro de 2015.
GAVA.
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