terça-feira, 22 de novembro de 2016


Índio Menino Deus no Centro do Universo

 

Já disse que desde certo tempo vejo os poetas (= PROFETAS = SABEDORES = PROFETISAS e segue na Rede Cognata) como profetas mesmo, do tipo dos bíblicos. Se os bíblicos já eram, como as Sibilas de Apolo (como o Oráculo de Delfos), confusos, os profetas das músicas são mais e se não fosse a RC seria muito difícil ler qualquer coisa.

TRÊS-TONS

POE-TINHA
DISTINÇÕES
Menino Deus
Menino Deus, um corpo azul-dourado
Um porto alegre é bem mais que um seguro
Na rota das nossas viagens no escuro
Menino Deus, quando tua luz se acenda
A minha voz comporá tua lenda
E por um momento haverá mais futuro do que jamais houve
Mas ouve a nossa harmonia
A eletricidade ligada no dia
Em que brilharias por sobre a cidade
Menino Deus, quando a flor do teu sexo
Abrir as pétalas para o universo
E então, por um lapso, se encontrar no anexo
Ligando os breus, dando sentido aos mundos
E aos corações sentimentos profundos de terna alegria
no dia
Do menino Deus
Do menino Deus
Do menino Deus
No dia do menino Deus
“Luz se acenda” quer dizer revelação; e Caetano estará vivo, porque ainda vai compor: como é de 1942 e tem 73 anos, não pode demorar muito. Ele vai brilhar urbe (et orbe) e por um momento a humanidade crerá mais que nunca nas possibilidades. Ligará os breus, acenderá as escuridões, mas só por um lapso (a humanidade briga muito) dará sentido a todos os mundos e aos corações sentimentos de terna alegria.
É Você
É você
Só você
Que na vida vai comigo agora
Nós dois na floresta e no salão
Nada mais
Deita no meu peito e me devora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um gesto rio afora
É você
Só você
Que invadiu o centro do espelho
Nós dois na biblioteca e no saguão
Ninguém mais
Deita no meu leito e se demora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um gesto rio afora
Na vida só resta seguir
Um ritmo, um pacto e o resto rio afora...
Arnaldo Antunes / Carlinhos Brown / Marisa Monte
Já que, na RC, floresta = PLANETA e “centro do espelho” = TERRA DO PODER, esse tal estará no centro planetário de poder.
Um Índio
Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de um modo explícito
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Estrela = VERDADE = TERRA, colorida = CERTA: verdade que virá numa “velocidade estonteante”. “Pousará no coração do hemisfério sul”; e para ver que não é Austrália ou África do Sul ele acrescenta, “na América”: é o Brasil, não é a Argentina. O que ele tem a dizer é o surpreendente óbvio.

Enfim, se tivéssemos a RC em sua plenitude poderíamos saber muito mais, o que nos daria tranquilidade/intranquilidade muito maior.

Serra, quarta-feira, 07 de outubro de 2015.

GAVA.

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