Índio Menino Deus no Centro do Universo
Já disse que
desde certo tempo vejo os poetas (= PROFETAS = SABEDORES = PROFETISAS e segue
na Rede Cognata) como profetas mesmo, do tipo dos bíblicos. Se os bíblicos já
eram, como as Sibilas de Apolo (como o Oráculo de Delfos), confusos, os
profetas das músicas são mais e se não fosse a RC seria muito difícil ler
qualquer coisa.
TRÊS-TONS
POE-TINHA
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DISTINÇÕES
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Menino Deus
Menino Deus, um corpo azul-dourado
Um porto alegre é bem mais que um seguro Na rota das nossas viagens no escuro Menino Deus, quando tua luz se acenda A minha voz comporá tua lenda E por um momento haverá mais futuro do que jamais houve Mas ouve a nossa harmonia A eletricidade ligada no dia Em que brilharias por sobre a cidade
Menino Deus, quando a flor do teu sexo
Abrir as pétalas para o universo E então, por um lapso, se encontrar no anexo Ligando os breus, dando sentido aos mundos E aos corações sentimentos profundos de terna alegria no dia Do menino Deus Do menino Deus Do menino Deus No dia do menino Deus |
“Luz se
acenda” quer dizer revelação; e Caetano estará vivo, porque ainda vai compor:
como é de 1942 e tem 73 anos, não pode demorar muito. Ele vai brilhar urbe
(et orbe) e por um momento a humanidade crerá mais que nunca nas
possibilidades. Ligará os breus, acenderá as escuridões, mas só por um lapso
(a humanidade briga muito) dará sentido a todos os mundos e aos corações
sentimentos de terna alegria.
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É Você
É você
Só você Que na vida vai comigo agora Nós dois na floresta e no salão Nada mais Deita no meu peito e me devora Na vida só resta seguir Um risco, um passo, um gesto rio afora É você Só você Que invadiu o centro do espelho Nós dois na biblioteca e no saguão Ninguém mais Deita no meu leito e se demora Na vida só resta seguir Um risco, um passo, um gesto rio afora Na vida só resta seguir Um ritmo, um pacto e o resto rio afora...
Arnaldo Antunes / Carlinhos Brown / Marisa Monte
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Já que, na
RC, floresta = PLANETA e “centro do espelho” = TERRA DO PODER, esse tal estará
no centro planetário de poder.
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Um Índio
Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante E pousará no coração do hemisfério sul Na América, num claro instante Depois de exterminada a última nação indígena E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali Virá que eu vi Apaixonadamente como Peri Virá que eu vi Tranquilo e infalível como Bruce Lee Virá que eu vi O axé do afoxé Filhos de Gandhi Virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido Em átomos, palavras, alma, cor Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico Do objeto-sim resplandecente descerá o índio E as coisas que eu sei que ele dirá, fará Não sei dizer assim de um modo explícito
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali Virá que eu vi Apaixonadamente como Peri Virá que eu vi Tranquilo e infalível como Bruce Lee Virá que eu vi O axé do afoxé Filhos de Gandhi Virá
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto Quando terá sido o óbvio |
Estrela =
VERDADE = TERRA, colorida = CERTA: verdade que virá numa “velocidade
estonteante”. “Pousará no coração do hemisfério sul”; e para ver que não é
Austrália ou África do Sul ele acrescenta, “na América”: é o Brasil, não é a
Argentina. O que ele tem a dizer é o surpreendente óbvio.
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Enfim, se
tivéssemos a RC em sua plenitude poderíamos saber muito mais, o que nos daria
tranquilidade/intranquilidade muito maior.
Serra,
quarta-feira, 07 de outubro de 2015.
GAVA.
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