Pró-Pulares
Winston atentou para
o fato a partir da brincadeira que fala da MPBA (música prapular baiana, da
Bahia): quantos seriam os ritmos voltados para o divertimento do povo? Quantos
dos ritmos prá-pular seriam populares? Os modos de dançar festivos, europeus ou
de outros continentes, eram de todos, alguns das elites. Quais seriam
especificamente populares?
PRÁ-PULARES (os chamados “ritmos
populares”)
SAMBA
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FORRÓ
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LAMBADA
(Com par)
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MARACATU
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BAIÃO
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Winston conseguiu
financiamento do BANCOES para realizar um documentário sobre tais manifestações
em todo o Brasil, destacando o ES, que é funil de toda a nação e não discrimina
nada.
Ela pula, eu pulo.
Ela samba, eu sambo.
Winston fez livro a
partir do documentário, deu entrevistas, fez palestras, foi ao Faust/ão,
apareceu na TV Lobo.
Winston viajou pelo
mundo falando nas universidades.
E o trocadilho chamou
a atenção dele ao PRÓ, a favor, a favor-de-pulares, a favor das festas, das
manifestações culturais, da alegria em geral, do entusiasmo, da vida como
festividade, comemoração, festival do ser, celebração, ânimo, arrebatamento, a
plenitude da alma, exaltação. Através das raízes gregas aprofundou-se na
consagração através da dança, neste caso da con-sagração popular, a sagração
coletiva, a exultação apaixonada do povo, da população.
Isso rendeu.
Winston entregou-se
de corpo e alma.
Foi pular junto com o
povo, teve insights, iluminações repentinas, relâmpagos emocionais e mentais,
explodiu em demandas pop’s. Achou que todo esse tempo fora uma lagarta passando
a pupa, e que logo voaria. Um dia, drogado, Winston voou pela borda de precipício
e se esborrachou lá embaixo, virou pasta.
Houve um choque.
As pessoas ficaram
estarrecidas, o governo interveio, o que só propagandeou as percepções de
Winston como uma febre: quase uma dúzia pulou depois disso, até o governo
interditar e retirar a plataforma, colocando mureta e guardas no local.
Serra, quinta-feira,
12 de abril de 2012.
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