
AS
TRÊS PIRÂMIDES
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BB (Big Bang), Natureza
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Eis, acima, o verdadeiro moto perpétuo:
ninguém de dentro da Natureza pode produzi-lo, PORQUE o MP É i.
i Si DESENHA.
i Si É.
AS
TRÊS PIRÂMIDES COMO PRANCHETAS DE DESENHO DE UNIVERSOS
DEUS
(Chamado
escatológico, do fim para o começo – quase nenhum consegue chegar aos níveis
superiores, há muitas perdas no caminho)
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MACROPIRÂMIDE
(Expansão
universal)
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LIMITE
DOS POSSÍVEIS
(Todos
os prováveis enquanto possibilidades de realização)
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MESOPIRÂMIDE
(Habilitação
racional)
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LIMITE
DOS PROVÁVEIS
(Todos
os possíveis, quando realmente realizados em cada universo)
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MICROPIRÂMIDE
(Campo
de constituição)
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(Oferta
primitiva: na Física inicial todos estão habilitados nesse plano, mas resta
subir a escada até o topo de cada pirâmide)
NATUREZA
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Cada um é i, mas não completamente.
Tudo é i, mas há algo que está além de
tudo que podemos ver.
Ora, o universo Uo, este em
que estamos, aproveita somente algumas possibilidades dentre todas: nem tudo é
possível aqui. TODAS as possibilidades estão representadas em U∞, o pluriverso
ou multiverso ou metaverso ou que nome se lhe dê, significando todos os
possíveis.
DiN ou NiD, i Deus-Natureza não é
macho-fêmea, é a totalidade da alta dialógica lógico-dialética. Contudo, todos
e cada um dos pares polares de oposto-complementares são macho-fêmea; sendo
assim, quando os mundos atingem CONDIÇÃO DE RACIONALIDADE, ou seja, quando é
dado o salto biológico-p.2 para a racionalidade ou psicologia ou natureza dois,
os racionais começam a ver tudo como macho-e-fêmea, como são. Raramente não
farão isso, mas a curva do sino nos diz que uma extremidade de 2,5 % migra
muito rapidamente para a visão de união-de-pares.
MACHO
E FÊMEA (arranje
qualquer símbolo, inclusive yin-yang, ou gangorra ou curva do sino ou o que
for)
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i Deus-natureza está sempre lá e
eventualmente um universo emerge, nasce, seja de que modo for. Provavelmente
existem os mais estranhos tipos de nascimento, não é só o BB (Big Bang) de
Lemaitre e Gamow; Hoyle pode estar certo, embora talvez não aqui. As coisas
tendem a ser ordenadas-desordenadas, caosmóticas, como chamei.
LEMAITRE,
GAMOW E O BB
George Gamow (seu nome de nascença é George Anthony Gamov) (russo
Георгий Антонович Гамов/Georgi Antonowitsch Gamow; Odessa, 4 de
março de 1904
— Boulder, 19 de
agosto de 1968)
foi um físico
e divulgador científico soviético.
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Provavelmente existem universos em que
o cê-bóla - que os gregos chamaram de átomo e atualmente se diz “átomo
primordial” (situado mais para o início da materenergia) – proporciona
reconhecimentos aceleradíssimos e outros tão lentos que os racionais não
conseguem nunca reconhecer a unidade. O nosso pode estar na média ou entre os
mais atrasados ou a Terra é um dos mundos racionais nos quais o reconhecimento
se deu tardiamente com o modelo pirâmide.
Este re-conhecimento: i tanto é Deus
quanto é Natureza.
Enquanto Natureza i é, como a chamei,
a matéria-energia, é essa materenergia que nos circunda, que está dentro de
nós, que está em tudo até 13,73 bilhões de anos no tempo e 13,73 bilhões de
anos-luz no espaço.
O
FECHAMENTO PRIMITIVESCATOLÓGICO DO PROJETO
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partida da Natureza
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chegada de Deus
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início
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completamento
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primitivo
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escatológico
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Muitos ficam pelo caminho: os tigres
de dentes-de-sabre, os dinossauros, o Homem de Java e numerosíssimos outros.
Talvez a humanidade não prossiga e deixe à margem do caminho seu esqueleto como
prova de incompetência.
MESMO
NA TERRA MUITOS SE TORNARAM EXTINTOS ANTES DE VER (em média, 125 mil humanos que
morreram em 24 horas)
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tigres de dentes-de-sabre
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dinossauros
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tilacino
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Quagga
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fenícios
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Cartagineses
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Persas
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Romanos
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Soviéticos
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Todos esses de cima foram extintos
(assim como as nações, também estados, cidades-municípios, empresas, grupos – o
dos Beatles é um -, famílias e indivíduos), não chegando ao futuro para vê-lo.

6. anarquia/anarquismo;
5. comunidade/comunismo
(comunismo é superafirmação do comum e é doença);
4. sociedade/socialismo;
3. capital/capitalismo;
2. feudo/feudalismo;
1. escravidão/escravismo.
Esse caminho da humanidade, cumprido
até aqui, comprido até agora, é um gênero de encaixe que deu certo, que
prosperou, que não findou (ainda), que pode findar, pode terminar, esgotar-se,
afunilar para o desaparecimento.
OS
ENCAIXES FUNÇÃO-OBJETO
(a Natureza sempre produz excessos, milhões de espermatozóides para uma
fecundação; milhões de espécies biológicas para uma vitória psicológica)
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É como um navio: todos aqueles
milhares de peças, uma a uma, devem se encaixar mutuamente de modo a produzir
resultados:
1. plataforma que flutua;
2. forma que vai adiante;
3. camarotes que abrigam;
4. motor que propulsiona;
5. espaço de trabalho;
6. cozinhas e inumeráveis outras
possibilidades-realizadas.
Em cada avanço (digamos, da Física),
em cada salto (coloquemos a Química) os objetos fabricados devem servir às suas
funções. Se fosse projeto minimax (o máximo com o mínimo) de Deus, a
correspondência seria biunívoca, um-a-um, mas sendo da Natureza esta faz MUITOS
objetos, procurando a função. Assim, na química orgânica e na química
inorgânica, milhões de moléculas tentaram ser as que produziriam a vida (os
polipeptídios: 20 + 4). Na língua psicológica-p.3, são milhões de palavras que
tentam o salto para a terceira natureza N.3 informacional-p.4.
A Natureza desperdiça notavelmente.
ASCENSÃO
E QUEDA DO EMPÓRIO HUMANO
(vamos torcer que não aconteça o pior)

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Avanço físico (a disciplina é
racional)
O
SEPARADOR GODELIANO
(com sua prova Godel provou que a Natureza é necessária, mas insuficiente)
DEUS
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Improvável
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Irracional
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Separador
Godeliano
|
Ponte
i/p (PIP)
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NATUREZA
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Provável
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Racional
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Então, parece que toda vez que há
salto Deus intervém.
O
PROCESSO DE MONTAGEM K DOS PARTODOS, TODOPARTES, HÓLONS (produz o que chamei koestleriano)
NOVA
ENTIDADE FABRICADA COM CIMENTO K
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PARTODO/
TODOPARTE/
HÓLON
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HOLO/TODO
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ON/PARTE
(Um
par se junta)
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Na CONDIÇÃO-DE-CIMENTAÇÃO K (confecção
de um hólon koestleriano) uma FITA-DE-HERANÇA é deixada para trás.
Por exemplo, na CdC-K biológica-p.2 da
primeira natureza (N.1) a FdH é o ADRN, objetos ADN com processos ARN, é um
programáquina (programa-máquina) B-p.2 que processa a montagem de seres vivos.
Deve haver uma FdH P-p.3 psicológica, humana, racional – que não vemos.
O
MODELO PIRÂMIDE DISCORREU
(tanto sobre o já acontecido quanto sobre aquilo por acontecer, até os limites
superiores invisíveis das possibilidades): de baixo para cima
MACROPIRÃMIDE
|
N.5,
natureza cinco
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22
|
Pluriverso
|
p.6
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21
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Universos
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20
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Superaglomerados
|
Dialógica
|
||
19
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Aglomerados
|
|||
N.4,
natureza quatro
|
18
|
Galáxias
|
p.5
|
|
17
|
Constelações
|
|||
16
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Sistemas
estelares
|
Cosmologia
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||
15
|
Planetas
|
|||
MESOPIRÂMIDE
|
N.3, natureza três
|
15
|
Mundos
|
p.4
|
14
|
Nações
|
|||
13
|
Estados
|
Informática
|
||
12
|
Cidades-municípios
|
|||
N.2, natureza dois
|
11
|
Empresas
|
p.3
|
|
10
|
Grupos
|
|||
9
|
Famílias
|
Psicologia
|
||
8
|
Indivíduos
|
|||
MICROPIRÂMIDE
|
N.1, natureza um
|
8
|
Corpomentes
|
p.2
|
7
|
Órgãos
|
|||
6
|
Células
|
Biologia
|
||
5
|
ADRN-replicadores
|
|||
N.0, natureza zero
|
4
|
Moléculas
|
Química
|
|
3
|
Átomos
|
|||
2
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Subcampartículas
|
Física
|
||
1
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O BB (Big Bang) inicia o projeto
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A Natureza vai fazendo o
jogo dela, aleatoriamente. Eventualmente consegue montar os programáquinas
superiores, cimentando e vedando o retorno, impedindo o regresso às condições
anteriores de desconhecimento. Cria o hólon ou partodo ou todoparte, na
situação superior de suficiência. De todos os necessários surge só um que é
suficiente; se surgirem dois ou mais, um derrota os outros e emerge vitorioso
para a nova acumulação.
A Natureza é sempre vasta.
Ela produz mais do que o
suficiente, produz excessivamente necessidade, como as necessidades excessivas
de que sofremos o mal, o super-consumo, a superafirmação do consumo, o
consumismo.
A Natureza é sempre
abusiva.
Ela gasta prodigamente
materenergia, assim como estamos dilapidando matéria das minas e energia dos
estoques.
Produz muito, perde muito.
Milhares de espécies estão
perdidas, foram condenadas no erro-e-acerto que vem somando até dar em nós; e
depois do nosso surgimento, durante as nossas fases políticadministrativas (da
escravidão para frente) vem desperdiçando materenergia de todo tipo
(físico-química, biológica-p.2, psicológica-p.3), mormente seres humanos, sem a
mínima consideração.
DISSIPAÇÃO DAS ALMAS (façam as contas de todos que foram perdidos)
SOCIALISTA (entre os nórdicos)
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CAPITALISTA
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FEUDALISTA
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ESCRAVISTA (dividida em três fases)
|
3
|
2
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|
1
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Vindo de trás e de antes
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A Natureza não mede
esforços, não poupa a materenergia, não liga a mínima para os seres e o
espaçotempo geral, porque não tem consciência. Contudo, dependendo de tomar
este ou aquele caminho, poupa mais ou menos.
POUP/AÇÃO
|
A Natureza monta
ecossistemas colossais, imensamente perdulários, com desperdícios
inacreditáveis.
Mesmo nós, que somos
racionais, tendo herdado essa veia “de mamãe”, gastamos em excesso, produzindo
o mínimo com o máximo, haja vista os carros (veja as cartilhas 100
Cavalos Puxando 1 e Um Bilhão de Carros Apontados para a
Humanidade em 175 + 3 Cartilhas).
No ecossistema mínimo
ainda há uma porção evidente, a que é usada, e uma porção oculta, a de reserva.
A Natureza, que não é hiper-racional como Deus, não se importa em perder e
perde muito. Inúmeros hominídeos foram perdidos. Demasiadas espécies humanas
foram desperdiçadas; desde os primeiros humanos sapiens, 100 bilhões foram
jogados fora pelo acaso.
A EVOLUÇÃO BIOLÓGICA-p.2 (sem falar na psicológica-p.3)
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A ÁRVORE DE DERIVAÇÕES
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Então, para resumir, os
seres são montados e chegam ao máximo de sua potência, quando então declinam e
morrem (inclusive espécies, potencialmente, a humanidade); poucos vão muito
longe, quase nenhum vai até o fim, pois a probabilidade contrária é muito alta.
No começo a pergunta é: as
raízes possibilitantes (isto é, as que sobem suficientemente os degraus,
abandonando suas falsas necessidades para trás) primitivas do cê-bóla foram bem
plantadas? Depois, podemos sucessivamente fazer as perguntas para cada cê-bóla
constituinte em cada degrau: a que futuro ele promete chegar e a que futuro realmente
chega?
Em nosso caso, o primeiro
indivíduo (na realidade, par fundamental homulher entre os CRO-magnons) estava
abastecido das potências-de-suficiência, quer dizer, as necessidades do par não
eram excessivas quando se desdobraram nos seus descendentes?
O CÊ-BÓLA CRO-MAGNON INICIAL (é sempre um par fundamental, homem e
mulher)
O CRO-MAGNON INICIAL
|
A CRO-MAGNON INICIAL
|
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[Já começou apontando o futuro]
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E a Caverna geral (veja
MCES Modelo
da Caverna para a Expansão dos Sapiens no livro-dvd onde está contido)
operou corretamente?
Ele caminharia para ver i?
Chegamos ao modelo
pirâmide. Antes, vários já tinham visto os pares polares contrário-complementares
e tinham proposto sua união. Entrementes, uma guerra mundial devastadora
poderia ter lavrado depois de 1945 e das duas primeiras bombas atômicas, quando
ainda não conhecíamos bem os efeitos residuais da imersão em radiatividade;
poderia ter acontecido um “dia seguinte”, com um inverno nuclear correlativo
lavrando mundialmente e extinguindo a humanidade, na busca subseqüente por
retaliação.
Muitas coisas ruins
poderiam ter acontecido.
SE TIVESSE HAVIDO UM ‘DIA SEGUINTE’ NÃO TERÍAMOS CHANCE
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[O QUE ESTÁ POSTO ABAIXO É BRINCADEIRA]
Cientistas afirmam que guerra nuclear é solução viável contra o
aquecimento global
Publicado em 07 de Março
de 2011
|
Em resumo, poderíamos ter
terminado de mil modos diferentes.
VÁRIOS PARADOXOS ULTRAPASSADOS
1.
Os de Zenão (a matemática resolveu);
2.
Vários estão pendentes (alguns desses nem são paradoxos):
Os paradoxos que atormentam a
humanidade
Está a fim de filosofar
um pouco hoje? Se estiver, ótimo. Aqui vão doze paradoxos que prometem
deixá-lo pensando por um longo tempo. Só uma coisa: se estiver com hora
marcada para alguma coisa, não discuta um desses problemas com ninguém. A
conversa certamente vai se prolongar e você vai se atrasar.
|
Eles não atormentam a
humanidade e sim aos tolos, pois vem para serem ultrapassados: são marcos da
inconsistência anterior, são nodos da impropriedade lógico-dialética do
conhecimento de antes.
|
11. Onipotência
“Deus é capaz de fazer
uma pedra tão pesada que nem ele possa levantar”? Nessa questão reside um
paradoxo de discussão interminável. É muito simples: se ele pode tudo, tem
que ser capaz de também fazer essa pedra. Mas se isso for verdade, ele não é
capaz de tudo, porque não pode levantar a pedra que ele mesmo criou.
|
O modelo pirâmide
proporcionou a solução: i Deus-Natureza não “faz” pedras, ele Si faz, ele é.
Para haver pedra que ele fizesse, ela deveria estar fora dele e isso não
existe. De fato, i Si É pedra que se faz.
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10. Grãos de areia
Um grão de areia não
poder ser considerado um monte de areia, certo? Bem, considere a seguinte
situação: um milhão de grãos de areia faz um monte, correto? Agora, esse
monte de areia menos um grão continua sendo um monte, não é? Se tirarmos mais
um, ainda assim é um monte, certo? Então, repetindo essa operação por várias
e várias vezes, chegaremos ao ponto em que haverá apenas um grão de areia, e
esse grão de areia será também um monte. A questão é: quantos grãos de areia
fazem um monte?
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A fragilidade dos
paradoxos reside nas definições malfeitas, que aqui é a de “monte”, no Houaiss
eletrônica “porção de quaisquer coisas amontoadas”.
Porção é mais que um, é mais que dois, é mais que três, dá ideia de muitos,
nunca um só. Quando chega a dois, não é mais monte, e quando chega em um
menos ainda. De fato, “monte” vem das sociedades não-enumeradoras; aprendeu a
contar, conte.
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9. Números interessantes
Imagine um conjunto
qualquer de números naturais. Pense neles como “interessantes” (que tenham
alguma característica relevante, como ser o primeiro número primo, ser o
maior do conjunto, o menor, qualquer característica) e “desinteressantes”. A
premissa é a seguinte: é impossível haver números desinteressantes. Pelo
seguinte motivo: suponha que você separa, em um conjunto, os números
interessantes dos desinteressantes. Entre os desinteressantes, certamente
haverá o menor de todos, o menor dos desinteressantes. Assim, ele tem uma
característica relevante, e passa para o grupo dos interessantes. Então, o
que era o segundo menor dos desinteressantes passa a ser o menor, portanto, é
também relevante, e passa aos interessantes. Assim vai até que não haja mais
nada no conjunto dos desinteressantes.
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Aqui é a questão de
desinteressante, pois a definição leva junto outros subconjuntos; é apenas
bobeira, nem chega a ser paradoxo. Desse tipo poderíamos elaborar milhões de
falsos paradoxos. No Houaiss, paradoxo é “aparente falta de nexo ou de lógica; contradição”: TEM DE
CONTRADIZER, não é nada inventado.
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8. O paradoxo da flecha
Para um objeto se mover,
sua posição no espaço deve mudar, certo? Pois bem, esse paradoxo do filósofo
grego Zeno de Eleia (495 a.C – 430 a.C) diz que os objetos não se movem.
Considere um instante como uma fotografia, cada espaço de tempo é uma
fotografia na qual o objeto está parado. O exemplo usado por Zeno é o de uma
flecha voando pelo ar. Se pudéssemos pegar o máximo de fotografias possíveis
durante o movimento, em todas elas o objeto está parado, ou seja, ele jamais
se moveu.
|
Estes a matemática
resolveu.
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7. Aquiles e a Tartaruga
Mais um paradoxo
relacionado aos gregos, e mais uma vez sobre movimento. Aqui a situação é
essa: imagine que o guerreiro Aquiles vai apostar corrida contra uma
tartaruga. Aquiles dá à tartaruga uma vantagem de 30 metros. O paradoxo diz
que Aquiles jamais conseguirá ultrapassar a tartaruga, pela seguinte razão:
Quando Aquiles percorrer esses 30 metros, a tartaruga terá percorrido,
digamos, 3 metros. Assim, quando Aquiles chegar aos 30 metros, que foi o ponto
inicial da tartaruga, ele terá ainda que percorrer a distância que o separa
da tartaruga para alcançá-la. Quando ele percorrer esses 3 metros adicionais,
no entanto, ela já terá percorrido mais um metro, por exemplo. Se seguirmos
essa lógica, Aquiles nunca poderá ultrapassar a tartaruga. Porque, sempre que
ele chegar ao ponto em que a tartaruga estava quando ele atingiu o ponto
anterior dela, ela já terá andado um pouquinho mais.
|
|
6. O paradoxo da
indecisão
O paradoxo original é de
autoria, segundo consta, de Aristóteles, mas foi “oficializado” pelo filósofo
Jean Buridan no século XIV. Eis a história: um burro, quase morrendo de sede
e fome, encontra, ao mesmo tempo, uma tigela de água e um monte de feno.
Indeciso, ele fica ponderando sobre qual a decisão a tomar: se mata primeiro
sua sede para então matar a fome, ou vice versa. Ele morrerá de ambas as
coisas antes que consiga tomar uma decisão final.
|
Só se for burro, porque
facilmente pode decidir por uma das coisas: é isso que é decidir, escolher
uma. Escolhe uma e depois completa com a outra. SE, desde o início, o
proponente JÁ QUER que o burro não decida, aí não tem jeito. Porisso foi
atribuído ao “asno do Buridan”.
|
5. O enforcamento
surpresa
Um homem condenado à
forca é sentenciado da seguinte forma: ele será executado em um dos dias de
semana seguinte (um dia de semana), ao meio-dia, mas será uma surpresa. O
juiz afirma que ele não saberá qual o dia do enforcamento até o instante em
que, ao meio-dia, o carrasco baterá à porta de sua cela. Ao ouvir isso, o
condenado começa a refletir, e chega a uma maravilhosa conclusão: ele não
poderá ser executado! Pelo seguinte motivo: ele começa concluindo que o
enforcamento não pode ser numa sexta. Se ele não acontecer até quinta,
significa que só poderia ser na sexta, ou seja, não será uma surpresa para
ele. Assim, o enforcamento só pode acontecer entre segunda e quinta. Daí, ele
usa o mesmo raciocino: se chegar quarta-feira à noite e ele não for
executado, não poderá mais. Porque sexta é impossível, e quinta, sabendo
disso, não será também uma surpresa. Com quinta-feira descartada, só lhe
restam segunda, terça e quarta, e o mesmo raciocínio é aplicado, até que o
enforcamento não possa acontecer. Confiante, ele vai para a cela convencido
de que não poderá ser enforcado. Quarta-feira, ao meio-dia, o carrasco bate à
porta. Como ele estava crente que não seria executado, foi uma surpresa: o
juiz não mentiu.
|
É claro que sexta-feira
está posto como dia potencial, pois ele pode ser sentenciado em algum dos
dias: há sempre quatro verdadeiros e um falso-negativo, sexta; ele será morto
de segunda a quinta, porque certamente, sendo sistema judiciário, na sexta
juízes e carrascos folgam.
|
4. O barbeiro
Imagine uma pequena
cidade aonde há apenas um salão de barbearia. Nem todos os homens da cidade
vão ao barbeiro, assim, a população masculina da cidade pode ser dividida em
dois grupos: os que se barbeiam sozinhos e os que vão ao barbeiro. Logo,
assumimos que o barbeiro faz a barba de todos os homens que não barbeiam a si
mesmos, certo? Mas aí caímos no seguinte paradoxo: o barbeiro faz ou não faz
a sua própria barba? Se não fizer, ele (como “consumidor”) deve fazer a
própria barba, ou seja, ele faz a sua barba! Mas se ele faz a própria barba,
sua pessoa (como consumidor) entra no grupo dos que não fazem a própria barba
(por isso vão ao barbeiro). Assim, se ele faz a própria barba, ele não faz a
própria barba! Pense, pense…
|
Este é um paradoxo
verdadeiro, mas sua solução é possível.
|
3. A imortalidade de
Zeus
Epimênides (cerca de 600
a. C) assegurava que Zeus era imortal. E afirmava isso com o seguinte poema: Formaram uma tumba para ti, ó santo
e elevado
Os cretenses, sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos! Mas tu não és morto, tu vives e permaneces para sempre, Pois em ti vivemos, nos movemos e temos nosso ser.
Ele chamava todos os
cretenses de mentirosos. Mas ele próprio também era cretense. Assim, surge o
paradoxo: se todos os cretenses são mentirosos, ele também é. Mas ele disse
que todos são mentirosos. Se ele também é, isso é uma mentira, então todos
são verdadeiros. Mas se todos são verdadeiros, ele também é (porque é um
cretense). Mas ele disse que todos são mentirosos… e assim continua até você
desistir de achar a solução.
|
Este também é um
paradoxo, mas fácil de resolver: Epimênides é mentiroso, como todos são; ele
é tanto mentiroso quanto fala a verdade (se mente uma só vez, é mentiroso).
Evidentemente, quando ele fala de Zeus fala a verdade. Todos que estão sob i
são mentirosos, só i não é (obviamente i não é cretense).
|
2.
O pagamento de Protágoras
O Filósofo Protágoras
(492 a. C) estava instruindo um discípulo, Euatlo, a arte da retórica e
argumentação, para falar aos tribunais. Para comprovar a eficácia dos ensinos
de Protágoras, eles fizeram o seguinte acordo: se Euatlo vencesse seu
primeiro caso no tribunal, ele pagaria o preço do ensino a seu mestre; caso
contrário, não pagaria. Aí, Protágoras fez o seguinte: processou Euatlo
pedindo a quantia estipulada. Protágoras afirmou que ele seria pago de
qualquer jeito. É claro, se Euatlo fosse derrotado no tribunal, teria que
pagar a indenização, mas se vencesse, pagaria o preço de acordo com o trato
feito. Aí, Euatlo replicou, dizendo o contrário: que não poderia pagar de
jeito nenhum. Ora, se vencesse o julgamento, este dizia claramente: Euatlo
não deve pagar Protágoras. Por outro lado, se Protágoras vencesse o caso,
Euatlo não deveria pagá-lo, porque o acordo diz que Euatlo só precisa pagar
seu mestre se vencer no tribunal.
|
É um falso dilema, pois
são duas linhas verdadeiras que correm em paralelo: numa Euatlo paga a aula,
noutra paga o processo, decisão do juiz. De qualquer modo, ele paga, mas não
pela mesma razão. Não é à toa que Sócrates zombava dos retóricos, os sofistas
como Protágoras, porque eram maus lógicos.
|
1.
O conflito
O que acontece quando
uma força irresistível encontra um objeto irremovível? Não há solução, certo?
Pelo menos uma dessas duas coisas não pode existir. Como um exercício de
lógica, esse raciocínio poderia ser considerado. Do ponto de vista físico, no
entanto, é inconcebível. Por um lado, até mesmo uma força minúscula causa
alguma aceleração em um objeto. Por outro lado, uma força irresistível iria
requerer energia infinita, e isso não existe no universo.
|
Não é um paradoxo
verdadeiro, pois há duas definições excludentes: irresistível (que suprime
toda oposição: nada resiste ao avanço) e irremovível (que suprime qualquer
pretensão de poder: nada pode contra, nada remove). SE disser que algo
resiste ao irresistível estou errando, se disser que algo remove o
irremovível estou indo contra a definição.
|
BÔNUS: A finitude do
Universo
Esse é para ficar
pensando até enjoar. Fala sobre até onde chega a nossa visão do universo.
Compare o espaço sideral (e considere ele como aquilo que nós vemos ao olhar
para o céu à noite) com um campo de girassóis, por exemplo. Se o final desse
campo de girassóis está além da sua visão, o que você vê? Bem, no começo você
consegue ver cada girassol individualmente, mas à medida que a visão vai se
afastando você passa a ver somente uma massa amarela, não é? Agora pense no
universo: também não existem inúmeras estrelas além da Terra, todas elas
emitindo uma luz branca? Se for assim, porque também não vemos uma massa
completamente branca no céu?
Por isso, foi criada a teoria de que, de qualquer ponto do planeta, a nossa visão vai até a superfície de cada estrela. Assim, o que nós enxergamos ao olhar para o céu é um conjunto de incontáveis visões, cada uma delas indo até a superfície de determinada estrela (se todas elas se prolongassem pelo infinito, não deveríamos ver uma massa branca?). Mas a questão que permanece é: como isso pode ser verdade? Como é possível enxergar cada estrela somente até onde ela começa, e não além disso? [Listverse] |
Pois, justamente, i é a
solução da finitude em não-finitude. Finitude-infinitude é um defeito do
pensar, da racionalidade. Esta questão não se põe para i, porque i (Sumo
Bem-Mal) é sem-limites, é impensável. Pensar vem de colocar limites: para o
que já engloba TODAS as soluções NÃO HÁ PENSAR, o que há é saber.
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2.
O de Godel (as pessoas ainda não o veem como tal: o modelo
pirâmide resolveu, já vimos):
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Livro - Incompletude: A Prova e o Paradoxo de Kurt Gödel
- Rebecca Goldstein
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UMA VIAGEM INFORMAL AO
TEOREMA DE GÖDEL ou (O preço da matemática é o eterno matemático) ![]() IM/UFRJ
Introdução
O teorema de Gödel é talvez o mais
surpreendente e o mais comentado resultado matemático do século.
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Teorema da incompletude de Gödel
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
O teorema da
incompletude de Gödel, às vezes também designado por teoremas da
indecidibilidade, é o nome atribuído a dois resultados
demonstrados por Kurt Gödel
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[a resposta é que o
elemento provante está FORA DA MATEMÁTICA, é maior que ela, gerou-a, e é i; o
teorema da incompletude não coloca nenhum obstáculo, pelo contrário, une Deus
e Natureza em i]
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3.
o de Platão (idem, veremos agora):
Consoante a
psicologia platônica, a natureza do homem é racional, e, por consequência, na
razão o homem realiza a sua humanidade: a ação racional realiza o sumo bem
que é, ao mesmo tempo, felicidade e virtude.
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Quarta-feira, 26 de
março de 2008
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Como poderia haver o mal
se o Sumo Bem imperasse unicamente?
A resposta é, com Cícero,
mas divergindo da capa do livro (que não li, mas tornou-se subitamente
fundamental; em “do” – não podemos discorrer sobre o Sumo Bem-Mal COM CERTEZA),
que tanto há o Sumo Bem quanto o Sumo Mal e este é maior que aquele, assim como
a vagina é mais larga que o pênis. A soma de ambos é i Deus-Natureza: Deus é o
Bem e a Natureza é o Mal. Assim como a Natureza, o Mal é inerte, ele não se
manifesta no Mundo-Criado, o conjunto dos mundos-criados, pois se o fizesse
tudo seria conduzido à dissolução e findaria, não estaríamos aqui para ver.
Contudo, ele persiste COMO
FUNDO DA EXISTÊNCIA, quer dizer, os racionais podem replicá-lo em ponto menor,
quer dizer, como disse Maimônides, querendo praticar é possível praticar; mas
Deus, sendo o Sumo Bem, o Sumo Deus = O PRIMEIRO DEUS (na Rede Cognata; existem
outros, mas são arremedos, todos finitos, por mais altos que sejam), arrasta
para si (nos termos do modelo ABSORVE apenas as almas boas, as outras
mergulhando na dissolução).
Se o Sumo Mal não
existisse, como os pares polares oposto-complementares existiriam?
O SUMO MAL E O SUMO BEM
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Assim com a luz é a
concentração de metade, dividida por 1017 (300.000.0002,
a velocidade da luz no vácuo elevada ao quadrado em E = mc2, c2
= E/m, 1 = E/mc2: além da matéria ocupar ½ ou metade de tudo, a luz
concentra-se poderosamente para produzir seus efeitos cinzeladores), quer
dizer, para muita escuridão pouca luz, para muita escuridão no sistema solar só
o Sol brilha.
O universo é vasto
blecaute.
A NOTÍCIA DA ESCURIDÃO
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[toda luz que você vê é simultaneamente notícia de tremendo
negrume]
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Na realidade o Mal e a
Natureza são a mesma coisa, mas inertes.
Em volta dos universos no
pluriverso há só noite.
AS BOLINHAS DE GUDE (não-finitamente em todas as direções e sentidos)
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SUMO MAL-BEM (Natureza-Deus)
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50 %
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50 %
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SUMO MAL
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SUMO BEM
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Amplamente disseminado,
mas inerte
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Muito ativo, mas
concentradíssimo
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½
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½
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1
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1/1017
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Os racionais não
resistiriam ao Sumo Mal (assim como não resistem ao Sumo Bem: é que este abre
espaço, através do livro-querer ou livre-arbítrio).
Em resumo, i tanto é o
Sumo Bem (Deus) quando o Sumo Mal (Natureza) e as criaturas são criadas PARA
ULTRAPASSAR o mal, isto é, para ir além do apelo de Tanatos no sentido de permanecer
na dissolução (podemos dizer que metade não resiste e é puxada para baixo).
Saber disso não vai mudar
a opção de metade.
Serra, domingo, 21 de
agosto de 2011.
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